Iconografias Metropolitanas é o tema da 25ª Bienal de São Paulo
Sábado, 23 de março de 2002, 13h50
Iconografias Metropolitanas é o tema da 25ª Bienal de São Paulo, a terceira maior mostra de arte contemporânea do mundo, que acontece entre os dias 23 de março e 2 de junho, na sede da Fundação Bienal, Pavilhão Ciccillo Matarazzo, portão três do parque do Ibirapuera. » Veja fotos da montagem da Bienal A edição reúne 190 artistas de um total de 70 países – 137 a mais do que na edição passada - numa uma área de 30 mil metros quadrados dividida em cinco segmentos: 11 Metrópoles, Representações Nacionais, Núcleo Brasileiro, Salas Especiais e Net Arte. A organização do evento espera receber 500 mil pessoas. "A Bienal traz artistas mais experimentais que, geralmente, são conhecidos pelo público. Nosso papel é estimular a produção de arte contemporânea para difundi-las. Não existe anarquismo no campo da arte. Vamos apresentar rigorosamente trabalhos inéditos", disse Agnaldo Farias, curador da representação brasileira. As crianças e adolescentes serão os espectadores privilegiados com horário exclusivo das 9 às 13h, de terça a sexta-feira. O público em geral poderá visitar a exposição das 13 às 21h. O ingresso da 25ª Bienal será de R$ 12 e meia de R$ 6 para estudantes de 7 a 12 anos. Crianças até 6 anos e maiores de 65 anos não pagam. Os Cinco Segmentos O segmento 11 Metrópoles reúne a produção artística mundial das metrópoles de São Paulo, Caracas, Nova York, Joanesburgo, Istambul, Pequim, Tóquio, Sydney, Londres, Berlim e Moscou, cada uma representada por cinco artistas de cada localidade. A décima segunda cidade, intitulada "Cidade Utópica" é uma proposta estética quer traz idealizações de artistas selecionadas pelo alemão Alfons Hug, curador-geral do evento. "É uma cidade que os arquitetos e urbanistas ainda não conseguiram construir", disse Hug. Ele informou ainda que nesta edição está ausente o núcleo histórico. "Não há necessidade da Bienal fazer o núcleo histórico porque em São Paulo há diversos museus que cumprem essa tarefa", disse. Representações Nacionais mostra as obras dos artistas convidados de 70 países, no mesmo modelo da edição de Veneza, mas com um artista por nacionalidade. "O tema da bienal foi muito aceito pelos países e a maioria deles fez um grande esforço para produzir as obras. Procurei reforçar a participação das nações africanas e asiáticas porque muitas vezes elas têm pouco espaço em grandes amostras de arte contemporânea. Tenho esse compromisso com os nossos vizinhos do Hemisfério Sul", afirmou Hug. Para o Núcleo Brasileiro foram selecionados 30 artistas de diversos Estados para representar a produção nacional. Já a Net Art e as Salas Especiais representam os artistas contemporâneos consagrados.
Alexsandra Bentemuller / Redação Terra
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