Eventos reúnem galerias de arte em busca de estrangeiros

Sábado, 23 de março de 2002, 13h52

O burburinho dos corredores da 25ª Bienal de Artes, que começa no próximo sábado, ecoa além do pavilhão localizado no Parque do Ibirapuera. Inúmeras galerias de São Paulo se preparam para mostrar seus portfólios, aproveitando a vinda de estrangeiros ao país durante a segunda maior exposição de arte contemporânea do mundo.

Dois grandes eventos se destacam no "mainstream", sendo um deles localizado a poucos metros da Bienal e o outro, na região da Barra Funda.

Conhecido como Oca, o Pavilhão Lucas Nogueira Garcez reunirá entre os dias 21 e 25 de março a feira SP Arte, com 28 escritórios do Brasil inteiro representados ali, ao lado de quatro designers de jóias, dois designers de móveis e da livraria Siciliano, que estará vendendo apenas livros de arte.

"Queríamos aproveitar o momento de abertura da Bienal e todos os artistas, curadores, colecionadores e galeristas do mundo inteiro que circularão por aqui", disse Emílio Kalil, diretor de projetos da BrasilConnects, responsável pela SP Arte.

Segundo Kalil, a comitiva francesa já oficializou 18 pessoas para a 25a Bienal. No total, cerca de 50 franceses acabam visitando o evento, além de jornalistas, artistas e colecionadores extracomitiva.

"Se multiplicarmos esse número pelos vários países (que serão expostos na Bienal), teremos milhares de estrangeiros em São Paulo entre março e abril", explicou ele.

Já a Exposição Paralela, no Galpão Barra Funda, colocará sob o mesmo teto quatro galerias de renome - Fortes Vilaça, Luisa Strina, Brito Cimino e Casa Triângulo - entre 22 de março e 28 de abril.

Como o próprio nome já diz, o intuito é ser um evento análogo à Bienal, tendo em vista os colecionadores atraídos pela efervescência cultural do momento. Serão cerca de 40 artistas expostos, todos contemporâneos.

Mostras individuais também estarão acontecendo paralelamente à Bienal, como a da Galeria Nara Roesler, que fará, entre 21 de março e 27 de abril, uma exposição de Artur Lescher, artista paulistano que estará presente na Bienal no segmento Iconografias Metropolitanas. No segundo andar, acontecerá a Coletiva Portão 2, com inúmeros artistas - destaque para Arthur Omar, Brígida Baltar e Fábio Cardoso que também estarão com obras no pavilhão Ciccilio Matarazzo.

Reuters