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Preparação de dançarinas para carnaval de Salvador envolve hidratação e até rapadura

O Terra conversou com dançarinas das maiores bandas de pagode que se apresentam no carnaval de Salvador

8 fev 2023 - 05h00
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Bailarinos contam como se preparam para o carnaval de Salvador:

A cada ano que passa, a impressão é que o carnaval fica maior que antes, principalmente quando consideramos os dias de ensaios, blocos pré-carnaval e o período oficial da folia. E se para nós, meros foliões, já é difícil aguentar tantos dias de festa, imagina como deve ser para aqueles que vivem uma verdadeira maratona em cima dos trios.

Dançarinas de três das maiores bandas que se apresentam no carnaval de Salvador suam o figurino antes mesmo de o motorista ligar o trio elétrico. E, embora existam práticas para se manter em forma e não esquecer a coreografia de cada música, não ter uma rotina definida é o ponto-chave dessa maratona de apresentações.

É o que contam Edilene Alves, 33, dançarina e coreógrafa do balé de Léo Santana; Luciana Costa, 35, dançarina e coreógrafa do balé de Xandy Harmonia; e Ju Almeida, 25, bailarina da banda Parangolé. 

Bailarina Ju Almeida
Bailarina Ju Almeida
Foto: @mourmau

Com o aumento de shows durante o período, a rotina costuma variar a cada semana, de acordo com a agenda das bandas. Mas, independentemente do dia da semana, o importante é garantir o ensaio, principalmente porque as dançarinas precisam dominar todas as coreografias do artista. 

"É uma média de 3 horas em sala de dança nos dias de ensaio", conta Edilene, que trabalha com Léo Santana há 14 anos. "Léo tem um repertório muito extenso e a maioria das músicas tem coreografia. Então, todas precisam estar afinadas porque, a depender do público, ele puxa uma música que não está no repertório".

E quando o chega o carnaval, aí é que o repertório completo precisa estar afiado, já que o percurso de 4 quilômetros dos circuitos de Salvador costuma ser feito em cerca de 5 horas pelos trios elétricos. Luciana Costa conta que, para efeitos de comparação, um show comum tem em média de 1h30 a 2 horas de duração. 

Exercícios para a musculatura

Além dos ensaios, as dançarinas também praticam outro tipo de exercício físico para fortalecer a musculatura. A escolha costuma variar entre musculação e crossfit. Aliado a isso, hidratação e alimentação reforçada são unanimidades no check-list das dançarinas.

Edilene Alves, bailarina de Léo Santana
Edilene Alves, bailarina de Léo Santana
Foto: @edermotaphoto

"Eu treino, cuido da alimentação, tomo muita água e, quando chega mais perto do carnaval, a gente intensifica", conta Ju Almeida.

Ju também recorre aos suplementos energéticos para aguentar o rojão em cima do trio. Suas apostas favoritas vão de suplemento industrializado e outro um pouco mais inusitado.

"O povo me chama de doida, porque eu gosto de levar rapadura no show. Eu gosto de comer rapadura porque é glicose, então, às vezes, para dar um pico de energia, ajuda muito", explica a dançarina. 

Quem também aposta nos suplementos é Luciana, coreógrafa de Xandy Harmonia. Embora ele priorize alimentação mais natural, reconhece que é preciso um reforço.

"A minha alimentação eu tento sempre focar no que é mais natural, tento não ir muito pro lado de medicamento, mas eu sempre acabo recorrendo ao suplemento alimentar, às vitaminas, para me dar um suporte maior", diz. 

Não pensa, só vai

Normalmente, o carnaval de Salvador começa à tarde e se estende madrugada adentro. Para dançarinas como Edilene, Luciana e Ju, a maratona se inicia nos trios e termina nos camarotes instalados nos circuitos.

O cantor Léo Santana, por exemplo, tem apresentações marcadas para todos os dias de carnaval e, por vezes, mais de uma no mesmo dia. "Para aguentar estar em cima do trio, para além de tudo, é preciso amor, porque não é fácil", revela Edilene. 

Luciana Costa, bailarina e coreógrafa de Xandy Harmonia
Luciana Costa, bailarina e coreógrafa de Xandy Harmonia
Foto: @negao.movie

Para Ju Almeida, é fundamental estar com o psicológico preparado para tantos dias desafiantes. Em suas próprias palavras, é uma "verdadeira loucura". 

"Metade é mente e a outra metade é uma preparação física mesmo do seu corpo", considera a dançarina do Parangolé. Em síntese, Ju afirma que o melhor é não pensar demais: "A gente só vai", brinca. 

E o pós-carnaval?

Passada a maratona, as três deverão ter uma espécie de mini-férias, sem apresentações. Mas quem disse que vão descansar?

"O pós-carnaval aqui é normalmente férias. Não gosto muito não, porque eu sou meio acelerada", diz Luciana, aos risos. Ela gosta mesmo é de aproveitar o momento para observar as coreografias e avaliar o que pode ser melhorado.

Nesse intervalo de aproximadamente duas semanas, Ju Almeida também conta que vai dançar mais - por estudo e também por diversão. 

Fonte: Redação Terra
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