Seis motivos fazem Gisele Bündchen ser a maior celebridade brasileira
Modelo representa o que a maioria dos artistas não consegue ser e simboliza a vitória do brasileiro que imigra
A imprensa noticia o pagamento de R$ 10,3 milhões a Gisele Bündchen pelo camarote de uma marca de cerveja na Sapucaí.
A se confirmar esse valor, seria o maior cachê já pago a uma celebridade brasileira para fazer presença VIP.
Parece exagero na comparação com a realidade do povo e a situação financeira de várias grandes empresas.
Mas trata-se de uma das maiores modelos de todos os tempos. Um símbolo vivo do mercado de luxo. Um poderoso ímã de visibilidade para o contratante.
Como Gisele Bündchen consegue se valorizar tanto aparecendo raramente? O Sala de TV analisa esse fenômeno.
O irreproduzível magnetismo: carisma não se ensina em nenhum curso. A pessoa tem ou não tem. Quem tenta forjá-lo se dá mal porque não sustenta o personagem por muito tempo. Gisele possui inesgotável brilho próprio. Não precisa fazer nada nem emitir nenhuma palavra — basta surgir. Todos os olhares se voltam a ela, assim como os holofotes e as lentes de fotógrafos e cinegrafistas. A ‘persona’ de Gisele Bündchen é maior do que a pessoa em si.
Símbolo de poder: “Você nunca será capa de revista com esse nariz grande”, disseram incontáveis vezes à jovem Gisele. Bastou uma primeira oportunidade para ela se destacar das outras aspirantes a top model. Geralmente, não era a mais bonita, porém, tinha estilo próprio e um jeito único de desfilar. A personalidade se impôs. Fez-se um ícone de superação e referência de singularidade. Conquistou respeito e poder para enfrentar os massacrantes universos da moda e da publicidade.
Autopreservação da imagem: a modelo aparece pouco na mídia. Não tem ansiedade de se exibir, erro cometido por boa parte dos famosos em ascensão, das subcelebridades e de artistas em decadência. Ela administra como ninguém a própria visibilidade. Jamais foi ‘arroz de festa’. Após um grande evento, some por algum tempo. Assim, aumenta a expectativa em relação à próxima aparição pública. Entrevistas são raras e nunca adere a polêmicas.
Toque de Midas: um levantamento da Inflr, startup de marketing de influência, mostrou Gisele Bündchen como a celebridade com maior poder de engajamento, proporcionando grande alcance às marcas que a contratam para estrelar campanhas. Em resumo, atrai mais compradores para os produtos associados à sua imagem. Ciente disso, ela prefere fechar poucos contratos a cada ano para preservar essa credibilidade — e cobra cachê astronômico porque sabe o valor de seu prestígio.
Total independência: poucos famosos são realmente livres. Gisele é. Não precisa da televisão, recusou carreira no cinema, usa as redes sociais de maneira despretensiosa. Revistas, jornais, portais de notícias? Se ela quiser, não precisa falar nunca mais com repórteres e continuará a ser tratada como uma das poucas celebridades do primeiro time. Sua imagem é autossuficiente, a fama se retroalimenta naturalmente.
Personificação de um ideal: a maioria de nós sofre do complexo de vira-lata, ou seja, supervaloriza o gringo dos EUA e da Europa. Sonha se dar bem lá fora para despertar inveja em quem vive aqui. Bündchen representa o brasileiro que deu muito certo no exterior. Se morasse no Brasil, ela não teria o mesmo status. Viver em território norte-americano dá à modelo uma notoriedade em relação a quem persegue o ‘american dream’ e enaltece o ‘made in USA’.