Sem pandemia, Trump presidente: como era o mundo na última vez que tivemos carnaval
A principal festa de rua do Brasil está de volta oficialmente após dois anos de pausa; apesar do 'curto' período, muita coisa mudou
A covid-19 era uma ameaça distante, a Grande Rio perdeu o título no critério de desempate da apuração, Sergio Moro ainda era ministro e aliado do então presidente Jair Bolsonaro. A extrema direita, inclusive, estava no auge, com a Donald Trump ainda na presidência dos Estados Unidos.
O mundo em 2020, quando tivemos carnaval oficialmente pela última vez, era completamente do que vivemos hoje. Ficamos com a saudade daqueles que perdemos para o coronavírus, a espera pelas próximas doses de reforço da vacina contra a doença que matou em todo o mundo e a expectativa de celebrar a sobrevivência depois de dois anos presos em casa.
Mas, antes de ir às ruas se aventurar nos blocos, trios e sambódromos, confira a seguir o que mudou de 2020 até hoje.
- Grande Rio não era campeã
Na última vez que tivemos um carnaval oficial, a Grande Rio nem era campeã. O desfile do Rio de Janeiro consagrou a Viradouro como campeã do Grupo Especial, no desempate para a Grande Rio. Naquele ano, União da Ilha e Estácio de Sá foram as escolas rebaixadas. Na Série A, a Imperatriz Leopoldinense saiu campeã.
Em São Paulo, a Águia de Ouro ganhou o título pela primeira vez em sua história, com Pérola Negra e X-9 rebaixadas.
Rio de Janeiro enfrentava crise de água
No início de 2020, moradores do Rio de Janeiro sofreram com o gosto e o cheiro ruins da água que vinha das torneiras. A Cedae, companhia que abastece o estado, afirmou que a alteração era decorrente da substância geosmina, mas não apresentava perigo e era própria para consumo.
Na época, uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) encontrou uma forte presença de esgoto doméstico e também poluição industrial.
Harry e Markle deixaram a família real
O príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle anunciaram que iriam se afastar da família real britânica no dia 9 de janeiro. A saída do casal da família real ficou conhecida como "Megxit", em uma referência ao Brexit.
Sem covid-19
A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, mas o caso foi se espalhando pelo mundo no início de 2020. Enquanto acontecia o carnaval no Brasil, países da Europa já estavam sendo atingidos.
A organização só definiria o caso como uma pandemia em março, pouco tempo depois das festividades no Brasil.
Mandetta e Moro eram ministros
Luiz Henrique Mandetta deixou o cargo no dia 16 de abril de 2020, após divergências entre ele e o presidente Jair Bolsonaro no início da pandemia de covid-19. Bolsonaro era contra as medidas da OMS, como isolamento social e uso de máscaras, enquanto o ministro palestrou totalmente contra a postura do mandatário.
Já Sergio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública no dia 24 de abril, após o presidente Jair Bolsonaro retirar Maurício Valeixo do cargo de diretor da Polícia Federal.
Trump presidente dos EUA
As eleições presidenciais americanas aconteceram no dia 3 de novembro. Antes disso, o país era presidido por Donald Trump, que perdeu a disputa com Joe Biden.
Bolsonaro presidente
Bolsonaro estava em seu segundo ano de mandato e enfrentou a pandemia do coronavírus. O político foi contra todas as medidas sanitárias e as decisões de governadores pelo Brasil. Em 2022, não conseguiu se reeleger, após derrota para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ronaldinho preso
Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Roberto de Assis, foram soltos pela Justiça do Paraguai no dia 24 de agosto, após terem passado cinco meses na prisão. O juiz paraguaio responsável pelo caso, Gustavo Amarilla, suspendeu o processo contra os irmãos e estabeleceu uma multa.
Não tinha nota de R$ 200
A nota de R$ 200, com imagem de um lobo-guará, entrou em circulação no dia 2 de setembro. Antes, a maior cédula era de R$ 100. O Banco Central encomendou um total de 450 milhões de unidades, alegando a necessidade de alinhar a economia, principalmente por causaa dos estragos na pandemia.