Imperatriz Leopoldinense se torna Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio de Janeiro
Ao todo, a Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos do grupo principal: 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001
A Imperatriz Leopoldinense se tornou patrimônio cultural e imaterial do Rio de Janeiro. Com a finalidade de preservar a cultura do samba, da música e da história, bem como na divulgação da quadra da agremiação, que fica no bairro de Ramos, Zona Norte do Rio, para ensaios e visitação turística, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publicou a medida no Diário Oficial do Estado através da Lei Nº 9.933, de 15 de dezembro de 2022, de autoria do deputado Valdecy da Saúde.
“A Imperatriz tem um legado para a cultura brasileira através de enredos nacionalistas que exaltam a cultura do nosso povo e da nossa história. Somos reconhecidos por uma grande discografia, com sambas antológicos. Estamos muito gratos com este presente e reconhecimento da Alerj com a nossa que escola, que pertece a todo o povo do Rio de Janeiro”, comemora esse grande feito da sua gestão a presidente da agremiação Cátia Drumond.
Fundada em 6 de março de 1959, a Imperatriz Leopoldinense ganhou notoriedade no Carnaval após a chegada de Luiz Pachedo Drumond à presidência, em 1974. Como marca de sua gestão, Luizinho trouxe nomes consagrados da folia, como Arlindo Rodrigues e Dominguinhos do Estácio, conquistando os títulos de 1980 e 1981. Nos anos 90, contratou Rosa Magalhães, numa parceria que rendeu outros cinco campeonatos. Como legado, sua filha, Cátia Drumond, seguiu os passos do pai ao contratar um grande artista para o projeto artístico leopoldinense, o carnavalesco Leandro Vieira.
Ao todo, a Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos do grupo principal: 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Sendo que em 1980, 1989 e 2001 foi campeã obtendo nota máxima em todos os quesitos. Desfilou pela primeira vez em 1960, com um enredo em homenagem à Academia Brasileira de Letras. Em 1972, ganhou destaque após fazer parte da novela “Bandeira 2”, da Rede Globo. Naquele ano, apresentou o enredo “Martim Cererê”, conquistando o 4.º lugar. O samba-enredo foi o primeiro a ser incluído em uma trilha sonora de telenovela. Em 2012, outro samba da escola – “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!” – do carnaval de 1989, seria o primeiro samba-enredo utilizado como tema de abertura de uma telenovela. Nesse caso, na novela “Lado a lado”, também da Globo.