Daniela Mercury não fará festas de rua no Carnaval 2022
Cantora diz que cenário da pandemia é incerto para realização de festas públicas; participação da artista deve ocorrer em eventos privados
A cantora Daniela Mercury não vai participar de festas de rua no Carnaval de 2022. A decisão da cantora foi anunciada nesta sexta-feira (3) e se dá pelo momento de incerteza da pandemia de coronavírus, causada pelo surgimento da variante Ômicron. "Sinto muito em anunciar isso, mas avaliamos bem a situação e chegamos à conclusão que o cenário é muito incerto", disse a baiana.
Antes mesmo da identificação da Ômicron e da sua chegada ao Brasil, alguns produtores já tinham decidido não sair no Carnaval do ano que vem. Em Salvador, terra de Daniela Mercury, a produtora Flora Gil, esposa do Gilberto Gil, anunciou no dia 24 de novembro que não produziria o camarote Expresso 2222, um dos principais espaços do Carnaval da capital baiana. No último domingo (28), a cantora Preta Gil também anunciou que não ia desfilar com o seu bloco, o Bloco da Preta. A chegada da nova cepa acelerou os cancelamentos.
Daniela ainda afirmou que já considera que, na Bahia, o governo e a prefeitura não vão realizar o Carnaval de 2022. As gestões ainda não se pronunciaram publicamente sobre o assunto, mas cancelaram as festas de Réveillon. Na cidade de São Paulo, onde também se apresenta, Daniela não vai desfilar com o seu bloco Pipoca da Rainha no ano que vem. O bloco encerrou o Carnaval de São Paulo em 2020. "Se for mantida a liberação das autoridades sanitárias, tentaremos, na medida do possível, realizar shows e eventos durante todo o verão, sempre com limitação de público e com a exigência das duas doses da vacina", afirmou.
"Além disso, continuo estimulando meus fãs e todos os brasileiros a usarem máscara. O momento ainda não é de plena tranquilidade, mesmo com as vacinas salvando milhares de vidas", concluiu Daniela.
Em entrevista ao Estadão, a doutora em microbiologia pela USP e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), Natalia Pasternak, afirmou que o momento atual da pandemia não dá segurança para festas públicas com grande aglomeração independente da presença da Ômicron. "Precisamos esperar para ver como o vírus vai se comportar com a população vacinada. Não podemos retroceder no que avançamos até agora", afirmou.