Foliões enfrentam temporal no "Enterro da Tristeza" em SC
Cortejo atrasou mais de uma hora para começar a festa devido a um temporal que atingiu a capital catarinense
Foliões enfrentaram um temporal para acompanhar o tradicional cortejo do “Enterro da Tristeza” na noite desta quinta-feira, em Florianópolis. Cerca de dez mil foliões, segundo os cálculos da Polícia Militar, participaram da festa mesmo debaixo de muita chuva.
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O Bloco S.O.S., formado por servidores do setor da saúde, começou a concentração ainda durante a tarde na região central. Este ano, o tema do bloco foi “Ô ixtepô, não me fala senão eu espalho”, um abuso do linguajar local e homenagem aos “fofoqueiros de plantão”.
Com direito a viúva, defunto e coveiro, o cortejo demorou mais de uma hora para começar a festa devido a um temporal que atingiu a capital catarinense durante a noite. Mesmo assim, os foliões não se intimidaram e acompanharam o enterro, que percorreu as principais ruas do centro histórico acompanhado de um trio elétrico. "Pena que a chuva atrapalhou pois a festa do Enterro é de fato o que marca o início do Carnaval na nossa cidade", disse Jamile Terraz, 43 anos, moradora da região central.
Encarnando a viúva há oito anos, Jorge do Espírito Santos Freitas disse que a chuva serviu para “lavar” a cidade de qualquer tipo de energia negativa. “Mesmo com chuva, acho que é o melhor enterro que já participei. A cidade está lavada e pronta para a festa até a próxima quarta”, afirmou.
Estudante do último semestre do curso de Direito, a rainha do bloco, Marcela Marques Mendes, 23 anos, destacou que a chuva e temporal serviram “abençoar” seu primeiro “reinado”. “A energia é muito boa, o bloco SOS é um dos mais antigos de Florianópolis e me sinto muito feliz em estar aqui”, disse. “Quem quiser passaro Carnaval na cidade não vai se arrepender”.