Funk, carnaval e novos caminhos: o que aconteceu com as Mulheres Frutas?
A categoria de 'influenciadores digitais' ainda não existia quando os apelidos surgiram
Nos anos 2000, as Mulheres Frutas dominaram o funk e o carnaval, conquistando fama com seus apelidos exóticos, corpos esculturais e muita ousadia. De Andressa Soares, a Mulher Melancia, a Ellen Cardoso, Mulher Moranguinho, todas marcaram época e viraram ícones da cultura pop brasileira. Mas onde elas estão hoje?
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Algumas trocaram os palcos pelos negócios, outras se reinventaram nas redes sociais e há quem tenha encontrado um novo rumo no exterior. Confira por ondem andam as musas:
- Mulher Melancia
Andressa Soares foi a primeira a surgir na mídia ostentando o apelido de Mulher Melancia. Dançarina e musa de MC Créu em meados dos anos 2000, ela se tornou conhecida em todo país e chegou a bater um dos recordes de venda ao posar nua para a revista "Playboy", em 2008.
A popularidade garantida pelo apelido também alavancou a presença das Mulheres Frutas no carnaval. Andressa esteve no trio-elétrico da banda Black Style, em Salvador, e recebeu convite para ser rainha de bateria da Porto da Pedra. Ela, no entanto, negou, afirmando na época que teria que pagar pelo posto.
Hoje, aos 36 anos, tem uma vida mais tranquila ao lado do marido Michel Macedo, zagueiro do Paysandu, e do filho Arthur. A família mora em Belém, no Pará, onde o atleta joga.
- Mulher Moranguinho
Substituta escalada por MC Créu quando Melancia deixou o seu posto, em 2008, Ellen Cardoso também aproveitou a popularidade para curtir o carnaval com grande estilo. Considerada uma das 'frutas' mais cobiçadas, ela ocupou o posto de rainha de bateria da Paraíso do Tuiuti, no Rio de Janeiro, e foi musa da Camisa Verde Branco, em São Paulo.
Após o auge, Ellen migrou para o ramo empresarial e chegou a investir em uma loja de roupas. Porém, decidiu surfar a onda das redes sociais e hoje, aos 43 anos, atua como influenciadora. Ela segue casada com Naldo, é mãe de Victor e Maria Victória, e tem se dedicado a dividir um pouco do dia a dia com seus seguidores.
- Mulher Melão
Assim como todas as outras, Renata Frisson veio do funk para ganhar o apelido de Mulher Melão. Mas se destaca como a única que segue fazendo jus ao apelido - e ganhando com isso. Ela fez shows até antes da pandemia e passou a produzir conteúdo adulto.
No carnaval, ela passou por várias escolas. Foi rainha de bateria da Inocentes de Belford Roxo, na Lins Imperial, e mais recentemente musa na Mangueira. Atualmente ela segue no posto na Grande Rio para a folia desta temporada.
- Mulher Abacaxi
Única representante transexual entre as Mulheres Frutas, Marcela Porto, a Mulher Abacaxi, quebrou barreiras e conquistou seu espaço no meio artístico. Além de posar nua para a revista masculina 'JR Mais', ela também brilhou no Carnaval do Rio de Janeiro, sendo destaque como musa transex do Bloco Baiacu de Itaipuaçu em 2020.
Três anos depois, deu o que falar ao desfilar com os seios de fora pela Acadêmicos de Niterói. Segundo ela, esqueceu de levar a parte de cima da fantasia pela correria e não se intimidou. Agora, é musa da escola Tradição e rainha de bateria da Chatuba de Mesquita - além de ser empresária e possuir uma frota de caminhões.
- Mulher Jaca
Dayane Cristina também foi dançarina do MC Créu e, após fazer shows, se lançar como cantora e desfilar como musa pela Unidos de Padre Miguel, abandonou o funk para investir em uma loja.
Em 2017, se casou com um cubano naturalizado americano, Alvaro Gonzalez, e foi morar em Miami, nos Estados Unidos, onde vive até hoje. Contudo, ela não se manteve tão reclusa assim, isso porque lucra atualmente com conteúdo adulto na internet.
- Mulher Pêra
Depois de se tornar uma personalidade da mídia, Suélem Cury chegou até a se candidatar a vereadora de São Paulo, em 2012. Atualmente, ela vive como empresária do ramo de cristais para lustres, além de escadas, quadros, rodapés e corrimãos. Ela é casada com seu empresário e sócio, Jamil Cury. Nas rede sociais, ela esbanja uma vida de luxo.
- Mulher Maça
Por fim, Gracy Kelly, que também decidiu recomeçar sua vida fora do Brasil e atualmente vive em Miami, na Flórida. No exterior, ela se apresenta como atriz, apresentadora e cantora.
Entre suas histórias mais curiosas, uma das que mais repercutiram foi sua homenagem a Steve Jobs após sua morte, em 2011. Na ocasião, Maçã demonstrou profunda gratidão ao criador da Apple e chegou a prometer que tatuaria o símbolo da marca em seu corpo - o que não aconteceu.