Jovem dispensa CLT e fatura até R$ 1 mil por dia com fotos de foliões em SP
William Ferreira dos Santos, de 26 anos, cobra R$ 20 por cada foto polaroid tirada em blocos de carnaval
William Ferreira dos Santos trocou um emprego CLT por vender fotos instantâneas nos blocos de carnaval de São Paulo. Aos 26 anos, ele percorre as ruas da capital paulista com um anúncio para atrair foliões.
Olhando rapidamente, William Ferreira dos Santos, de 26 anos, pode ser confundido como folião nos blocos de carnaval de São Paulo. Com uma plaquinha na cabeça, parece que ele está de fantasia, mas, na realidade, ele largou um emprego como CLT e agora percorre os cortejos na capital paulista vendendo fotos instantâneas como recordação dos momentos de folia.
“Foto Polaroid - Revela na hora. Eternize esse momento”, diz o anúncio de William, que conta ter começado a se dedicar à fotografia depois que sua esposa fez um curso na área. "Ela teve a ideia de comprar a câmera para lazer e um dia resolveu tentar vender fotos na rua. Como deu certo, ela começou a trabalhar com isso e, com o tempo, eu passei a trabalhar também”, revelou.
“Já teve dia que eu voltei com R$ 1 mil para casa. Mas também já teve dia que eu voltei sem nada”, explica William. “Trabalhar na rua é isso, tanto para mim, quanto para qualquer outro marreteiro (ambulante). Seja foto, seja bebida, o que quer que esteja vendendo na rua, é assim. Tem dias e dias”.
No carnaval, William cobra R$ 20 em cada foto. Com este dinheiro, a dívida da construção de sua será paga.
Nesta terça-feira, 13, ele comemorou os lucros obtidos no Bloco Pagu, que saiu na região da República. "'Tá estourando' aqui, acho que foi um dos melhores dias para vender. Mas é difícil, tem muito roubo e tal. Pela multidão, é difícil de tirar foto em si. Mas está valendo a pena. É cansativo, mas vale”, continua.
Agora, ele pretende se dedicar à fotografia por mais tempo, mas também atua com outros tipos de vendas. "Em tudo quanto é tipo de evento: porta de show, jogo de futebol, todo lugar que tiver evento em São Paulo, eu estou lá, sem tempo ruim. Eu saí do CLT para trabalhar na rua mesmo. De vez em quando, eu vendo capa de chuva, outras coisas assim, mas dou preferência para a foto, por já ter o equipamento em casa”, finaliza.