Mocidade perde 'carro 3D', mas conclui desfile no tempo
6 mar2011 - 01h40
(atualizado às 03h08)
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O quarto carro da Mocidade Alegre quebrou momentos antes de entrar na avenida do samba. A alegoria retrataria as ilusões 3D, mas, por problemas mecânicos, foi impedido de participar do desfile no segundo dia do Carnaval paulista no Sambódromo do Anhembi. Com o enredo Carrossel de ilusões., a Mocidade Alegre, terceira escola a passar pela avenida, contou com 3.500 componentes, divididos em 25 alas, e cinco carros alegóricos.
A comissão de frente, composta por dançarinos vestidos de Chapeleiros Malucos, como o de Alice no País das Maravilhas, levou letras gigantes pela avenida conduzidas por dançarinos. Montando a palavra "iluda-se", ela convidou os foliões a darem asas à imaginação em uma complexa coreografia.
Mestre Sombra, mestre de bateria da agremiação, inovou no desfile deste ano. Elecausou um 'silêncio' na passarela do samba. Enquanto segurava as batidas de surdos, chocalhos e tamborins, entre outros, os integrantes da escola cantavam o samba-enredo. Normalmente, essas paradas costumam ser de poucos segundos.
Outra novidade foi a coreografia realizada. Os percussionistas se dividiram em dois grandes grupos. enquanto a metade da direita recuava, a da esquerda avançava na avenida. Assim que estavam bem separados, em laterais opostas da avenida, eles trocaram de lado e, em seguida, emparelharam novamente.
Objeto presente no dia a dia, a televisão foi homenageada em uma das alas da escola. As fantasias dos passistas continham réplicas de aparelhos de TV e eram repletas de olhos iguais aos robozinhos do reality show BBB.
O terceiro carro alegórico, chamado 'Abracadabra...Magia da Ilusão', prestou tributo os mágicos e tem o ilusionista Isao Mamura como destaque. No carro, um dos mais conhecidos números de ilusionismo é realizado: uma mulher é dividia ao meio.
Faltando poucos minutos para o tempo máximo de desfile ser atingido, a Mocidade Alegre concluiu sua apresentação no Anhembi. Ao fechar dos portões, Solange Bichara, presidente da agremiação, chorava e lamentava o ocorrido com o carro alegórico quebrado.
Histórico A escola foi fundada em 1967 e seu nome é oriundo de um bloco que desfilava no centro de São Paulo, com homens vestidos de mulher. Até a fundação da Mocidade Alegre, apenas os homens podiam desfilar nas ruas, regra que permaneceu vigente até 1966.
Ficha Técnica Presidente: Solange Bichara
Carnavalescos: Sidnei França e Márcio Gonçalves
Intérprete: Clóvis Pê
1º casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira: Emerson Ramires e Adriana Gomes Rainha de Bateria: Marília Silva Cores: vermelho e verde Posição no Carnaval de 2010: 2º lugar