Imperatriz espalhou dinheiro, mas teve problema no abre alas
Escola foi a penúltima desfilar pela Marquês de Sapucaí
A Imperatriz Leopoldinense levou a história do dinheiro para a Marquês de Sapucaí. Jogou cerca 800 mil notas falsas de R$ 100 à plateia, coloriu a avenida de dourado, mas não foi agraciada pela sorte em seu desfile, o penúltimo do primeiro dia do grupo especial. Com pouco mais de dez minutos de apresentação, o carro abre alas 'A lenda do rei Midas' parou ainda na concentração, comprometendo a harmonia.
Enquanto as primeiras alas avançavam, se distanciando da maior parte da escola que sequer tinha colocado os pés na Sapucaí, técnicos tentavam resolver o problema. Foi preciso soltar a primeira parte do carro e empurrá-lo manualmente para a Imperatriz conseguir avançar. E foi assim até o fim: o abre-alas parando de tempos em tempos e sendo movimentado 'no braço' pelo pessoal de apoio, enquanto os integrantes das alas corriam para tapar buracos que iam se formando ao longo da pista.
Com o enredo 'Me dá um dinheiro aí', a escola de Ramos apostou na crítica à ambição desenfreada. Para contar essa história, retornou aos tempos de escambo entre portugueses e índios; passeou pela escravidão, ao trazer um navio negreiro para a Sapucaí; tratou do consumo desenfreado proporcionado pelo cartão de crédito. Mas pecou nos recursos estéticos e acabamento - as fantasias estavam mal acabadas e pouco criativas.
A exceção foi a comissão de frente que, com um Robin Hood 'voador' sobre a plateia, conseguiu animar. Outro destaque foi a musa Ketula Mello. Ela recorreu a uma careca falsa e pela primeira vez desfilou com os seios nus para viver uma guerreira africana.