Peru da sacanagem e selfie tattoo fazem sucesso no Carnaval
Camelôs faturam com fantasias e acessórios divertidos no Rio de Janeiro
"Tá vendendo tão bem que hoje eu vou é para o pu*****", dizia o animado e desconfiado camelô, que se identificou apenas como Leandro, em sua banquinha na Saara - movimentado centro comercial popular do Rio de Janeiro – ao falar dos produtos que têm feito neste Carnaval: o peru da sacanagem (um canudo em forma de pênis), e a selfie tatoo (uma tatuagem temporária que você mesmo aplica).
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O slogan dos produtos é quase personalizado, varia de acordo com a combinação de vendedor e cliente, como em uma comédia do improviso em meio ao calor e ao caos das ruas da Saara nesta época do ano. Em comum, os donos das bancas têm a habilidade de soltar cantadas, não só para as clientes, como praticamente para qualquer mulher que esteja passando na frente de sua barraca.
Cantadas cretinas como: "oh, papai", "imagina lá em casa", entre outras coisas talvez até impublicáveis, mas que fazem parte do cenário da Saara embalada pela proximidade do Carnaval. Para muita gente o Carnaval representa a oportunidade de se despir de pudores, a sensualidade ganha mais espaço e vira algo banal. Não é a toa que uma loja de produtos eróticos teve aumento nas vendas no Carnaval.
"A maioria das clientes são mulheres, os homens tem mais vergonha até perguntam se podem entrar... Elas compram as fantasias mais ousadas, porque é Carnaval, mas acabam usando durante o resto do ano", diz Cler Brito, gerente da loja, dizendo que os itens mais vendidos são as roupas de estudante e diabinha, com preços que começam a partir de R$ 49.
Entre os homens, o humor é a maior inspiração, tanto que as fantasias dos personagens do videogame da Nintendo Mario e Luigi, e as do seriado mexicano Chavez são as mais procuradas na loja administrada por Tereza Khouru, que trabalha na loja aberta pelos seus pais há 57 anos na Saara.
"Os preços começam a partir dos R$ 29, e a procura tem se intensificado nos últimos dias. A gente sempre deixa as coisas para a última hora", conta. Entre as crianças, agora, a maior procura é por fantasias de super-heróis, mas o verdadeiros fenômeno foi a da personagem Elsa, do desenho Frozen, da Disney, que já sumiu há muito tempo das prateleiras.