Em São Paulo, desfile das campeãs termina em confraternização
Diante de um público que praticamente lotou o Sambódromo do Anhembi, as oito escolas que participaram, na noite desta sexta-feira (16), do desfiles das campeãs deste ano em São Paulo fecharam em grande estilo o Carnaval de 2018. Voltaram à pista as cinco primeiras colocadas no Grupo Especial, a campeã e a vice-campeã do Grupo de Acesso, que estarão na elite do samba em 2019, e a campeã do Grupo de Acesso 2, a terceira divisão do Carnaval paulistano.
Apesar de não haver julgamento, nem obrigatoriedade, as agremiações se apresentaram praticamente completas. A noite teve clima de festa e confraternização, com convidados que não haviam participado das apresentações formais na sexta-feira e no sábado anteriores (9 e 10). A Acadêmicos do Tatuapé, bicampeã, convidou os presidentes das outras três escolas que tiraram nota máxima para participar de seu desfile, como forma de homenagem, e foi atendida por Solange Bechara, da vice-campeã Mocidade Alegre, e por Luciana Silva, da Tom Maior, quarta colocada. "Eles são tão campeões como nós, fizeram desfiles perfeitos", afirmou Eduardo dos Santos, presidente da Tatuapé.
A festa foi aberta pela Mocidade Unida da Mooca, cujos componentes não esconderam o orgulho de se apresentar entre as grandes vencedoras do Carnaval. Inicialmente, a campeã do Acesso 2, que em 2019 tentará uma vaga no Grupo Especial, não participaria da noite, mas foi convidada de última hora. A escola pôde mostrar ao grande público seu enredo sobre Xangô, o Orixá da Justiça.
Em seguida, entrou na avenida a Colorado do Brás, vice campeã do Grupo de Acesso que volta ao Especial depois de 25 anos. A escola quase subiu no ano passado, quando chegou em terceiro. Para conseguir o lugar na elite, desfilou com o tema Axé, Caminhos que Levam a Fé. A terceira participante foi a Águia do Ouro, campeã do Acesso. Tradicional escola do bairro da Pompeia, a azul e dourado ficou apenas um ano na divisão de baixo. Para subir, cantou o enredo Mercadores de Sonhos, que conta a história do comércio do deserto pelos séculos e sua influência no Brasil.
O bloco das escolas da elite foi aberto pela Dragões da Real, ligada à torcida organizada do São Paulo. Quinta colocada no desfile competitivo, a Dragões levantou o público com seu samba de pegada sertaneja e refrão contagiante para ilustrar o enredo Minha Música, Minha Raiz! Abram a Porteira para essa Gente Caipira e Feliz".
A Dragões foi seguida pela Tom Maior, que este ano surpreendeu com um grande desfile sobre a figura histórica da Imperatriz Leopoldina e a escola carioca Imperatriz Leopoldinense. Tanto quando a quarta colocação, a Tom Maior festejou o fato de ter obtido a nota máxima de 270 pontos.
A Mancha Verde veio a seguir e tinha todos os motivos para festejar, pois a terceira colocação foi a melhor de sua história. A escola nascida na torcida organizada do Palmeiras exaltou os 40 anos de carreira do grupo de samba Fundo de Quintal, cujos componentes voltaram à avenida na alegoria que fechava o desfiles.
A vice-campeã Mocidade Alegre, maior vencedora paulistana deste século, manteve a tradição de se apresentar completa na festa das campeãs. Até sua homenageada, a cantora Alcione, participou novamente, dando o grito de guerra na concentração e desfilando num carro alegórico.
Já de manhã, a Acadêmicos do Tatuapé encerrou a festa abrindo seu desfile com os dois troféus de campeã e uma grande faixa que dizia: "Fruto do nosso trabalho". Diante deles, surgia a cantora Leci Brandão, fortemente saudada pelo público. A agremiação, que era considerada pequena até quatro anos atrás e fez, já na manhã deste sábado (17), seu terceiro desfile consecutivo entre as campeãs, festejou seu bicampeonato em grande estilo reapresentando o tema Maranhão, os Tambores Vão Ecoar na Terra da Encantaria.
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