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Confira como foi o primeiro dia de desfiles em São Paulo

Atual campeã, Acadêmicos do Tatuapé teve grande apresentação e briga pelo bi; Mancha Verde também se destaca

10 fev 2018 - 08h57
(atualizado às 13h57)
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Acadêmicos do Tatuapé foi um dos destaques da primeira noite de desfiles do Carnaval paulista
Acadêmicos do Tatuapé foi um dos destaques da primeira noite de desfiles do Carnaval paulista
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

A folia começou na capital paulista com o desfile das sete primeiras escolas do grupo especial. No primeiro dia de folia, o destaque ficou por conta justamente da atual campeã, a Acadêmicos do Tatuapé, que voltou a levantar o público no Anhembi. Além disso, teve estreia da Independente Tricolor, que teve seus sustos, mas mostrou bom desempenho. A Mancha Verde foi outro ponto alto da noite/madrugada. Valendo o destaque também para a Rosas de Ouro. Unidos do Peruche, Acadêmicos do Tucuruvi e Tom Maior também estiveram na Avenida. Vale destacar que nenhuma das escolas ultrapassou os 65 minutos do tempo de desfile.

Independente Tricolor

A estreante na elite paulista foi a responsável por abrir os trabalhos. Com o samba-enredo: “em cartaz: Luz, Câmera e Terror... Uma produção independente!" (assinado por Pê Santana e interpretado por Rafael Pínah), a escola realmente viveu momentos de terror na noite de sexta-feira (9), com um problema mecânico no carro abre-alas, que transportava uma homenagem ao cineasta Zé do Caixão. O jeito foi recorrer a um reboque. A equipe perderá 1,2 ponto pelo incidente. Além disso, a madrinha da bateria, Sheila Mello, teve que remendar a costura de sua fantasia. Mesmo assim, ela pode ser considerada um dos destaques da apresentação. Ainda teve a ausência da rainha da bateria, Helena Soares, que teve problemas de saúde. Mas, no geral, todo o luxo dos carros alegóricos e fantasias chamou a atenção dos espectadores. As cores vermelha, preta, dourada e branca. Ao todo, a equipe ficou 1h03 na passarela.

Carro do abre-alas da Independente Tricolor teve problema mecânico
Carro do abre-alas da Independente Tricolor teve problema mecânico
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Unidos do Peruche

A segunda escola a desfilar foi a Unidos do Peruche, que apostou em uma homenagem aos 80 anos do cantor e compositor Martinho da Vila. “Peruche celebra Martinho. 80 anos do Dibamka da Vila”. Ele apareceu no alto do último carro, com a velha guarda da escola, na qual estava parentes e familiares dele, entre elas a filha, Mart’nália. Como um todo, a “Filial do Samba” cumpriu bem a proposta, mostrando vários elementos da cultura brasileira e africana, na letra escrita por incríveis 25 autores e cantado por Toninho Penteado. Stephanye Cristine foi a madrinha da bateria. No tempo, a agremiação cravou os 1h05 previstos.

Unidos do Peruche apresentou um samba-enredo em homenagem a Martinho da Vila
Unidos do Peruche apresentou um samba-enredo em homenagem a Martinho da Vila
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Acadêmicos do Tucuruvi

A performance e superação da Acadêmicos do Tucuruvi foram dignas de aplausos. Após perder 90% de suas fantasias em um incêndio em 4 de janeiro, a escola foi a terceira a desfilar na noite, apresentando o enredo “Uma Noite no Museu”, interpretado por Alex Soares, com Daniela Albuquerque como rainha da bateria. De uma forma geral, pode-se dizer a equipe passou ilesa de grandes erros, com um desfile organizado, marca da Tucuruvi. No tempo, 1h03. Lembrando que a participação foi simbólica e não valerá pontos.

Daniela Albuquerque esteve à frente da bateria da Acadêmicos do Tucuruvi
Daniela Albuquerque esteve à frente da bateria da Acadêmicos do Tucuruvi
Foto: Guilherme Rodrigues/Futura Press

Mancha Verde

Com uma homenagem aos 40 anos do grupo Fundo de Quintal, a Mancha Verde levantou o público e pode ser apontada como uma das favoritas ao título. Com Viviane Araújo vestida de índia como rainha da bateria, a agremiação foi um dos destaques da noite. No comando de Freddy Viana, o samba-enredo foi entoado e executado com maestria. Com as letras de músicas da trajetória do grupo, que teve grandes nomes do samba como integrantes, a mistura não poderia ter sido melhor, alegado aos carros, fantasias, harmonia, que também foram notáveis. No tempo, a Mancha ficou 1h02 na avenida.

Mancha Verde prestou homenagem ao grupo Fundo de Quintal
Mancha Verde prestou homenagem ao grupo Fundo de Quintal
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Acadêmicos do Tatuapé

A Tatuapé mostrou que não está disposta a perder a chance de conquistar o bicampeonato. Ela entrou na Avenida como uma das favoritas. E não decepcionou. Com o samba-enredo “Maranhão: os tambores vão ecoar na terra da encantaria”, em uma ideia com carnavalesco Wagner Santos e interpretado por Celsinho Mody. A rainha da bateria, Andreia Capitulina, mostrou competência para comandar a batucada e até mesmo “apagões”, para que a escola cantasse o samba-enredo. Elementos do estado nordestino enriqueceram a apresentação. O tempo de apresentação foi de 1h03.

Tatuapé teve apresentação de destaque na noite dessa sexta-feira.
Tatuapé teve apresentação de destaque na noite dessa sexta-feira.
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Rosas de Ouro

Já caminhado para o fim dos desfiles, a Rosas de Ouro foi a penúltima a entrar na Avenida. E o samba-enredo exaltou os caminhoneiros: “Pelas estradas da vida. Sonhos e aventuras de um herói brasileiro”, cantado por Royce do Cavaco. A religiosidade, com Nossa Senhora Aparecida, o bem e o mau foram elementos de destaque na letra. Em seu 11º ano no Carnaval, atriz Ellen Roche foi novamente madrinha da bateria e deu show em azul e rosa. Ainda teve a participação das cantoras Maiara e Maraisa no último carro do desfile. O tempo de apresentação foi 1h05.

Rosas de Ouro também foi outra escola notável no primeiro dia de desfiles em São Paulo
Rosas de Ouro também foi outra escola notável no primeiro dia de desfiles em São Paulo
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Tom Maior

Para fechar, a Tom Maior foi a última a se apresentar, já na manhã deste sábado. O samba-enredo: “o Brasil de duas Imperatrizes: De Viena para o novo mundo, Carolina Josefa Leopoldina; de Ramos, Imperatriz Leopoldinense”, interpretado por Bruno Ribas, contou a história da importante figura histórica brasileira, além de exaltar a escola de samba carioca. Dom Pedro, Dom João VI momentos da história nacional foram apresentados na Avenida. A rainha da bateria foi Pâmela Gomes, dançarina do Domingão do Faustão. A escola se apresentou com o tempo de 1h05.

Tom Maior apostou em elementos históricos e homenagem a escola de samba carioca
Tom Maior apostou em elementos históricos e homenagem a escola de samba carioca
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Logo mais, tem o segundo dia de desfiles, com X-9 Paulistana, Império de Casa Verde, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Dragões da Real e Vila Maria.

Thiago Abravanel + Gambiarra cantam a Bahia em São Paulo:
Fonte: ED
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