Confira como foi o primeiro dia de desfiles em São Paulo
Atual campeã, Acadêmicos do Tatuapé teve grande apresentação e briga pelo bi; Mancha Verde também se destaca
A folia começou na capital paulista com o desfile das sete primeiras escolas do grupo especial. No primeiro dia de folia, o destaque ficou por conta justamente da atual campeã, a Acadêmicos do Tatuapé, que voltou a levantar o público no Anhembi. Além disso, teve estreia da Independente Tricolor, que teve seus sustos, mas mostrou bom desempenho. A Mancha Verde foi outro ponto alto da noite/madrugada. Valendo o destaque também para a Rosas de Ouro. Unidos do Peruche, Acadêmicos do Tucuruvi e Tom Maior também estiveram na Avenida. Vale destacar que nenhuma das escolas ultrapassou os 65 minutos do tempo de desfile.
Independente Tricolor
A estreante na elite paulista foi a responsável por abrir os trabalhos. Com o samba-enredo: “em cartaz: Luz, Câmera e Terror... Uma produção independente!" (assinado por Pê Santana e interpretado por Rafael Pínah), a escola realmente viveu momentos de terror na noite de sexta-feira (9), com um problema mecânico no carro abre-alas, que transportava uma homenagem ao cineasta Zé do Caixão. O jeito foi recorrer a um reboque. A equipe perderá 1,2 ponto pelo incidente. Além disso, a madrinha da bateria, Sheila Mello, teve que remendar a costura de sua fantasia. Mesmo assim, ela pode ser considerada um dos destaques da apresentação. Ainda teve a ausência da rainha da bateria, Helena Soares, que teve problemas de saúde. Mas, no geral, todo o luxo dos carros alegóricos e fantasias chamou a atenção dos espectadores. As cores vermelha, preta, dourada e branca. Ao todo, a equipe ficou 1h03 na passarela.
Unidos do Peruche
A segunda escola a desfilar foi a Unidos do Peruche, que apostou em uma homenagem aos 80 anos do cantor e compositor Martinho da Vila. “Peruche celebra Martinho. 80 anos do Dibamka da Vila”. Ele apareceu no alto do último carro, com a velha guarda da escola, na qual estava parentes e familiares dele, entre elas a filha, Mart’nália. Como um todo, a “Filial do Samba” cumpriu bem a proposta, mostrando vários elementos da cultura brasileira e africana, na letra escrita por incríveis 25 autores e cantado por Toninho Penteado. Stephanye Cristine foi a madrinha da bateria. No tempo, a agremiação cravou os 1h05 previstos.
Acadêmicos do Tucuruvi
A performance e superação da Acadêmicos do Tucuruvi foram dignas de aplausos. Após perder 90% de suas fantasias em um incêndio em 4 de janeiro, a escola foi a terceira a desfilar na noite, apresentando o enredo “Uma Noite no Museu”, interpretado por Alex Soares, com Daniela Albuquerque como rainha da bateria. De uma forma geral, pode-se dizer a equipe passou ilesa de grandes erros, com um desfile organizado, marca da Tucuruvi. No tempo, 1h03. Lembrando que a participação foi simbólica e não valerá pontos.
Mancha Verde
Com uma homenagem aos 40 anos do grupo Fundo de Quintal, a Mancha Verde levantou o público e pode ser apontada como uma das favoritas ao título. Com Viviane Araújo vestida de índia como rainha da bateria, a agremiação foi um dos destaques da noite. No comando de Freddy Viana, o samba-enredo foi entoado e executado com maestria. Com as letras de músicas da trajetória do grupo, que teve grandes nomes do samba como integrantes, a mistura não poderia ter sido melhor, alegado aos carros, fantasias, harmonia, que também foram notáveis. No tempo, a Mancha ficou 1h02 na avenida.
Acadêmicos do Tatuapé
A Tatuapé mostrou que não está disposta a perder a chance de conquistar o bicampeonato. Ela entrou na Avenida como uma das favoritas. E não decepcionou. Com o samba-enredo “Maranhão: os tambores vão ecoar na terra da encantaria”, em uma ideia com carnavalesco Wagner Santos e interpretado por Celsinho Mody. A rainha da bateria, Andreia Capitulina, mostrou competência para comandar a batucada e até mesmo “apagões”, para que a escola cantasse o samba-enredo. Elementos do estado nordestino enriqueceram a apresentação. O tempo de apresentação foi de 1h03.
Rosas de Ouro
Já caminhado para o fim dos desfiles, a Rosas de Ouro foi a penúltima a entrar na Avenida. E o samba-enredo exaltou os caminhoneiros: “Pelas estradas da vida. Sonhos e aventuras de um herói brasileiro”, cantado por Royce do Cavaco. A religiosidade, com Nossa Senhora Aparecida, o bem e o mau foram elementos de destaque na letra. Em seu 11º ano no Carnaval, atriz Ellen Roche foi novamente madrinha da bateria e deu show em azul e rosa. Ainda teve a participação das cantoras Maiara e Maraisa no último carro do desfile. O tempo de apresentação foi 1h05.
Tom Maior
Para fechar, a Tom Maior foi a última a se apresentar, já na manhã deste sábado. O samba-enredo: “o Brasil de duas Imperatrizes: De Viena para o novo mundo, Carolina Josefa Leopoldina; de Ramos, Imperatriz Leopoldinense”, interpretado por Bruno Ribas, contou a história da importante figura histórica brasileira, além de exaltar a escola de samba carioca. Dom Pedro, Dom João VI momentos da história nacional foram apresentados na Avenida. A rainha da bateria foi Pâmela Gomes, dançarina do Domingão do Faustão. A escola se apresentou com o tempo de 1h05.
Logo mais, tem o segundo dia de desfiles, com X-9 Paulistana, Império de Casa Verde, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Dragões da Real e Vila Maria.