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Tiago Abravanel: "Carnaval só acaba quando a gente quiser"

Artista estreou o próprio bloco de Carnaval este ano e conversou com o Terra sobre as festividades de 2020

20 fev 2020 - 12h00
(atualizado às 12h04)
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Que Tiago Abravanel é um dos grandes nomes do Carnaval muita gente já sabe. O neto de Sílvio Santos, que começou sua carreira como ator, se lançou como cantor em 2014 e já fazia parte do Carnaval paulistano com o bloco Gambiarra há quatro anos. Foi em 2020, porém, que Tiago estreou o “Bloco do Abrava”, que saiu no pré-Carnaval da capital paulista. Em entrevista ao Terra, o artista revela como foi a estreia do bloco e os planos para a festa deste ano. Confira o papo a seguir:

Você lançou  um bloco para chamar de seu. Como foi a estreia?

Pra mim, foi muita emoção. É um trabalho de muita gente envolvida, uma equipe gigantesca para cuidar dos cordeiros, do trio elétrico, da banda, da equipe técnica, da segurança, da higiene do espaço… É muita coisa! Eu acho que a responsabilidade é gigante, a gente como dono do espaço e cidadão quer que tudo saia da melhor forma possível. Fizemos o máximo para agradar todo mundo, deixar todo mundo confortável, feliz, e acho que a gente conseguiu chegar num ponto muito positivo. Fiquei muito emocionado em ver a quantidade de gente neste primeiro bloco, e espero que seja o primeiro de muitos. 

Tiago Abravanel recebe convidados no Bloco do Abrava, em São Paulo
Tiago Abravanel recebe convidados no Bloco do Abrava, em São Paulo
Foto: Lucas Ramos / AgNews

O que você preparou para o Carnaval 2020? O que a galera pode esperar de novidades?

Em 2020, meu Carnaval começou com o esquenta do bloco, na Audio, depois o Bloco [do Abrava] na Marquês de São Vicente, em São Paulo, e agora eu vou para Salvador ficar o comecinho do Carnaval: Quinta (20) a domingo (23), só curtindo os blocos que eu amo, os artistas que eu admiro e me divertindo muito. E na segunda-feira (24) eu vou pro Rio para animar a galera no Camarote Nº1, lá na Sapucaí. E aí, fico no Rio de Janeiro até as campeãs para curtir mais um pouco, porque o Carnaval, amor, só acaba quando a gente quiser!

O carnaval tem se tornado, principalmente na atual conjuntura política polarizada, um movimento cada vez mais politizado. Você acredita no papel político dessa festa?

Eu acho que mais do que um papel político ele tem um papel social. Ele traz, através de uma festa pagã, onde todo mundo pode ser aquilo que quiser, traz para a consciência que aquilo que a gente faz no Carnaval com respeito, com alegria, sabendo dos limites um do outro, se divertindo, olhando pro outro com compaixão, com alegria, é o que a gente deveria fazer durante o ano inteiro. E é o que eu busco na minha vida através do meu show, dando essas palavras para o meu público. É assim que a gente tem que olhar o outro: Com respeito, dignidade e, conforme a gente vai espalhando este amor, essa compaixão, esse respeito, a gente vai formando uma rede de energia positiva para mudar o que precisar mudar no nosso país, no nosso mundo, no nosso planeta. 

O carnaval do Rio é mais tradicional, mas o de São Paulo têm crescido bastante nos últimos anos, principalmente no número de blocos. Qual é o seu favorito, se é que é possível eleger algum?

Ah, eu acho muito difícil a gente falar do favorito. Por exemplo, eu sou muito mais próximo do carnaval de São Paulo do que do Rio de Janeiro porque eu moro em São Paulo. Já fui para alguns blocos no Rio, fui muito feliz lá, mas também sou muito feliz fazendo meu bloco aqui em São Paulo. Fico muito feliz e muito grato em fazer parte deste crescimento desse carnaval, mas a história do carnaval de rua sempre foi muito positiva e espero que a gente possa levar isso com consciência, para que a gente cresça sem perder o controle. Também tem carnavais que eu gostaria de conhecer no Brasil, como o Galo da Madrugada que eu quero muito ir no ano que vem. 

Bloco ou desfile de escola de samba?

Olha, eu fico muito impressionado com os desfiles de escola de samba, tanto de São Paulo quanto do Rio de Janeiro. Com o profissionalismo, com o trabalho artístico, tanto na questão musical quanto no figurino, na coreografia, nos carros alegóricos. Eu fico impressionado. Mas eu confesso que como folião eu gosto muito mais de pular bloco. Eu amo um bloco de carnaval, gente! Seja em São Paulo, Rio, Salvador, seja onde for, eu amo!

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Fonte: Redação Terra
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