CGI, o que é? Entenda o termo ligado a produções de Hollywood!
Entenda o que é o CGI, como ele está presente em filmes diversos e por que o recurso encarece as produções audiovisuais.
O CGI, abreviação de Computer Graphic Imagery, é um recurso tecnológico utilizado em produções cinematográficas para criar imagens por computador, revolucionando a maneira como filmes e séries são feitos.
Os efeitos especiais e visuais são comuns em filmes, séries e até mesmo em shows de música, e um dos recursos mais populares usados nessas produções é o CGI, principalmente com o avanço tecnológico a partir da metade do século XX.
Além disso, novidades em produções cinematográficas de gêneros de ficção científica, aventura e, principalmente, filmes de super-heróis aceleraram o desenvolvimento de novas técnicas visuais nos filmes.
Ao mesmo tempo em que mais ferramentas digitais puderam ser criadas na transição entre os séculos XX e XXI, surgiram mais filmes que aproveitam os efeitos especiais em suas histórias.
Muitos filmes conhecidos por usarem recursos como CGI se tornaram recordes de bilheteria, como as produções do universo cinematográfico da Marvel ou da Disney.
CGI: o que é?
Sigla para Computer Graphic Imagery, o CGI é a geração de imagens por meio do computador, através de recursos de computação gráfica. Ao longo do tempo, o CGI evoluiu para que pudesse exibir imagens tridimensionais, com profundidade de campo, em cenas nas quais as produções geradas via CGI parecem fazer parte de cenas reais.
Antes do avanço tecnológico proporcionado pela criação do computador, os efeitos visuais em produções cinematográficas eram restritos a jogos de luz e de câmera ou de elementos físicos, como maquiagens, bonecos e miniaturas, por exemplo.
Com a popularização do computador, a indústria cinematográfica passou a utilizar ferramentas digitais para gerar imagens criadas no computador, seja em cenas com a presença de atores, seja em produções e cenas totalmente geradas de maneira digitalizada.
Como o CGI funciona?
As atuais tecnologias de CGI utilizam esquemas complexos que envolvem algoritmos, responsáveis por criar padrões que, combinados com editores de imagem, conseguem criar formas diversas. Para isso, é fundamental contar com programas robustos de animação CGI.
De maneira simples, o CGI está dividido em 8 elementos:
- A modelagem, que envolve a construção de objetos em formato 3D, como esculturas, que aparecerão nas produções;
- A texturização, quando os materiais são enriquecidos com outros elementos, como texturas;
- A iluminação, que envolve o ajuste das filmagens para que a percepção de realidade seja aumentada;
- A câmera, item essencial para captar imagens da cena que, posteriormente, serão tratadas em programas de computador;
- A animação, quando as imagens geradas são tratadas e os objetos presentes nas imagens conseguem ganhar movimento;
- As simulações, nas quais os elementos gráficos ganham mais realismo;
- A renderização, quando as imagens editadas até o momento são transformadas em um formato de arquivo visual;
- A compostagem, que envolve o refinamento do conteúdo que foi renderizado, como ajustes de aparência, sombras, reflexos e cores, por exemplo.
Qual é a origem do CGI?
O CGI tem origem na década de 1960, quando o diretor de arte William Fetter, que trabalhava na empresa aérea Boeing, utilizou o termo para denominar a área da empresa que criava imagens por computador.
Já o primeiro equipamento que contava com uma função do tipo foi criado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology, um dos principais institutos de tecnologia do mundo), com finalidade militar e acadêmica.
Em meados dos anos 1950, o computador começou a ser usado para a elaboração de efeitos em produções audiovisuais. O filme Vertigo, do diretor Alfred Hitchcock, foi uma das produções que contou com uma animação em 3D.
Já em 1973, a produção Westworld utilizou uma técnica conhecida como “processamento de imagem” para que o público pudesse visualizar uma imagem pixelada, que seria, na história, a visão que um androide senciente possuiria.
Com o passar das décadas, o CGI se popularizou ainda mais e passou a fazer parte de diferentes produções, como jogos online, games, filmes, séries ou mesmo comerciais para a televisão.
É possível encontrar CGI em cenas pequenas ou mesmo encontrar obras inteiramente produzidas com CGI, como no caso de muitas animações de sucesso.
Por que usar CGI é tão caro?
Os custos relacionados à computação gráfica em produções de Hollywood são elevados. Em primeiro lugar, devido à estrutura relacionada às primeiras fases da tecnologia, como impressões 3D e captações de imagens.
Além disso, o uso de recursos específicos para a inclusão de CGI, como captura de movimentos faciais ou o fundo verde conhecido como Chroma Key, também podem encarecer uma produção.
Outro custo elevado envolve a mão-de-obra especializada, essencial para dar movimento às criações do CGI e refinar as imagens. É comum existirem empresas especializadas em computação gráfica, que contam com equipes inteiras responsáveis pelo CGI de uma produção.
As horas de trabalho das pessoas envolvidas no processo é um fator que encarece filmes e séries que utilizam a tecnologia.
Quais filmes são referência em CGI?
Os filmes da saga Star Wars são referência no uso de efeitos especiais desde o seu primeiro filme, em 1977. Posteriormente, cada vez mais cenas foram elaboradas com a utilização de CGI, com o refinamento das técnicas utilizadas sendo acompanhado pelos fãs.
Matrix é outro nome famoso quando o assunto são os efeitos especiais em cinema. A obra de 1999 conta com diversas cenas geradas via CGI, entre elas o icônico momento em que Neo, interpretado por Keanu Reeves, desvia de uma rajada de tiros.
O primeiro Jurassic Park, de 1993, foi um dos pioneiros da nova geração de obras cinematográficas que envolveram o uso de CGI, com qualidade acima da média das produções da época e efeitos bem realísticos.
O filme Avatar é uma grande referência de uso de efeitos especiais e CGI para a criação de personagens, objetos e paisagens que acontecem em um universo totalmente criado pelo computador. Estima-se que 70% da produção seja CGI.
Por fim, o filme Toy Story, de 1995, é uma das grandes referências do uso de CGI no universo das animações, permitindo o desenvolvimento da tecnologia em obras posteriores diversas, como Shrek, Wall-E, Moana, Homem-Aranha no Aranhaverso e Divertidamente.
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