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Chapéu de Hollywood: artesão moldou visual de "Oppenheimer"

5 mar 2024 - 14h32
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Para criar o visual do renomado físico J. Robert Oppenheimer para a telona, seu chapéu característico tinha que ser perfeito.

Dois fabricantes de chapéus não conseguiram reproduzir o estilo único do cientista até que Mark Mejia, proprietário da Baron Hats, foi a um estúdio de Hollywood para testar sua versão em Cillian Murphy, o ator que faria o papel principal em "Oppenheimer".

O diretor Christopher Nolan juntou-se ao teste e deu sua aprovação, além de fazer seus próprios ajustes.

"Ele apenas abaixou um pouco a aba e deu um pouco de atitude", disse Mejia.

O chapéu ajudou a definir a silhueta de Oppenheimer, o formidável cientista que liderou a corrida dos anos 1940 para construir a primeira bomba atômica, no filme que é o favorito para ganhar o prêmio de melhor filme no Oscar de domingo.

Mejia tem três décadas de experiência na confecção manual de chapéus para estrelas de cinema de primeira linha, de Clint Eastwood a Leonardo DiCaprio, e músicos, de Bob Dylan a Beyoncé.

Sua oficina fica no terceiro andar de um prédio centenário no centro de Los Angeles. No primeiro andar fica a B. Black & Sons, uma casa familiar que fornece tecidos para figurinos desde "E o Vento Levou".

Um elevador manual leva os visitantes até o showroom e a oficina da Baron Hats. As portas se abrem para o que parece ser um museu de momentos memoráveis de Hollywood.

Entre as dezenas de chapéus em exposição há um chapéu de caubói do filme "Cry Macho: O Caminho para Redenção", de Eastwood. Do outro lado da sala, um chapéu de palha usado por Johnny Depp como o gângster John Dillinger em "Inimigos Públicos". Uma reprodução do chapéu fedora amarelo de Jim Carrey, adornado com penas, de "O Máscara", fica em um busto com rosto verde.

"É uma longa lista", afirma Mejia quando lhe pedem para citar os projetos em que trabalhou, que incluem milhares de chapéus ao longo dos anos.

O chapéu de Oppenheimer tinha um formato incomum. A figurinista Ellen Mirojnick o descreve como uma coroa de porkpie combinada com algo entre um fedora e uma aba de caubói.

Mirojnick, que foi indicada para melhor figurino no Oscar de domingo, analisou imagens em preto e branco e teve que adivinhar a cor do chapéu, decidindo por um cinza taupe. Os desenhos foram enviados a fabricantes na Itália e em Nova York, mas nenhum deles conseguiu acertar.

Muito mais perto de Hollywood, ela encontrou Mejia, que, segundo ela, "acertou em cheio imediatamente".

Acertar era importante, disse Mirojnick, porque o Oppenheimer da vida real criou seu visual intencionalmente.

O chapéu, afirmou ela, era "parte da imagem que Oppenheimer criou ao assumir seu poder e abrir Los Alamos", o laboratório do Novo México onde a bomba foi criada. "Ele o usava o tempo todo."

Murphy usa um chapéu no filme, refletindo o fato de que Oppenheimer manteve o mesmo visual durante toda a sua vida. Sob a direção de Nolan, a maioria dos outros personagens do filme não usa chapéu.

Mejia disse que nunca buscou uma carreira trabalhando com celebridades, mas gosta de ver seus chapéus em filmes.

"Há muita gratificação e satisfação", declarou ele, "quando você realmente constrói algo do zero com suas próprias mãos e o vê na telona."

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