Aladdin: Produção é acusada de escurecer a pele dos figurantes com maquiagem
Live-action comandado por Guy Ritchie estreia ano que vem e as controvérsias raciais não vêm de hoje.
Dan Lin, produtor de Aladdin, assegurou muita diversidade no elenco do filme, afirmando inclusive que não iria fazer um Príncipe da Pérsia - As Areias do Tempo e sim um longa-metragem autêntico passado na Arábia Saudita. Informações do set comandado por Guy Ritchie, no entanto, indicam que a promessa não vem sendo cumprida.
Um figurante que participou das gravações no Reino Unido afirma ter visto cerca de 20 atores brancos em fila esperando para serem escurecidos com maquiagem. "A mensagem da Disney é que a cor de sua pele, sua identidade, sua experiência de vida, nada disso é impossível de ser pulverizado ou lavado", disse Kaushai Odedra ao Sunday Times. O testemunho da mudança de tons de pele é ainda mais lamentável pela proximidade do estúdio de grandes comunidades londrinas árabes e asiáticas.
Sem negar a denúncia, a Disney divulgou comunicado dizendo que Aladdin "tem o elenco mais diverso já escalado para um live-action da empresa e que mais de 400 dos 500 figurantes são indianos, africanos, asiáticos e do Oriente Médio."
As exceções seriam pequenos papéis com exigência de habilidades - como dublês, dançarinos e cuidadores de camelo -, em que performers tiveram que ser maquiados pela falta de candidatos capazes com o tom de pele desejado.
Esta não é a polêmica do tipo envolvendo a aventura romântica. A escalação de Naomi Scott, britânica descendente de indianos, para interpretar a 100% árabe Jasmine foi bastante criticada e considerada um exemplo de colorismo. Outro problema foi a substituição do árabe Príncipe Achmed do desenho - que disputa a mão da princesa com o Príncipe Ali - pelo loiro Príncipe Anders (Billy Magnussen).
Com o canadense Mena Massoud no papel principal e Will Smith como o Gênio, Aladdin tem estreia marcada para 23 de maio de 2019.
