Alec Baldwin induz que filha de Woody Allen forjou estupro
Ator comparou Dylan Farrow com personagem do romance "O Sol É Para Todos".
Enquanto grandes nomes da indústria cinematográfica têm expressado arrependimento por trabalhar com Woody Allen no passado, o cineasta novaiorquino têm um defensor ferrenho em Alec Baldwin. O ator novamente manifestou apoio ao octagenário realizador ao comparar Dylan Farrow, filha adotiva de Allen, com uma personagem do romance "O Sol É Para Todos" que mente sobre um caso de estupro.
"Uma das coisas mais eficientes que Dylan Farrow tem em seu arsenal é a 'persistência da emoção'. Como Mayella em 'O Sol É Para Todos', suas lágrimas e exortações são idealizadas para constranger você a acreditar na história dela", disse o ator que trabalhou com Allen em Simplesmente Alice (1990), Para Roma Com Amor (2012) e Blue Jasmine (2013). "Mas eu preciso de mais do que isso antes de destruir alguém, independentemente da fama dessa pessoa. Preciso de muito mais", afirmou o ator por meio do perfil no Twitter de sua fundação pessoa.
1 of the most effective things Dylan Farrow has in her arsenal is the "persistence of emotion." Like Mayella in TKAM, her tears/exhortations r meant 2 shame u in2 belief in her story.
But I need more than that before I destroy some1, regardless of their fame.
I need a lot more.
— ABFoundation (@ABFalecbaldwin) 28 de janeiro de 2018
Dylan acusa Allen de tê-la abusado em 1992, aos 7 anos de idade, enquanto Allen e a atriz Mia Farrow viviam um turbulento divórcio. A ativista falou abertamente sobre o assunto em um artigo para o jornal The New York Times em 2014, quando Allen foi homenageado no Globo de Ouro. Quando a campanha contra assédio sexual em Hollywood ganhou força, Dylan voltou a acusar seu pai. Neste mês de janeiro, a mulher hoje com 32 anos de idade concedeu sua primeira entrevista para a TV no programa CBS This Morning e reafirmou as acusações contra Allen. "Eu quero mostrar meu rosto e contar minha história. Quero colocar para fora, literalmente", disse.
Alessandra Mastronardi, Greta Gerwig, Woody Allen, Penelope Cruz, Alec Baldwin e Ellen Page durante uma coletiva de imprensa de Para Roma Com Amor em 2012. "Se soubesse na época o que sei hoje, não teria aceitado trabalhar com Woody Allen", afirmou Greta Gerwig. "Eu fiz um filme Woody Allen e é o maior arrependimento da minha carreira", comentou Page.
"Dizer que Dylan Farrow está falando a verdade é dizer que Moses Farrow [irmão dela] está mentindo. Qual dos filhos de Mia herdou o gene da honestidade, e qual não?", se questionou Baldwin. Moses Farrow, irmão adotivo de Dylan e filho de Allen e Mia Farrow, já chamou Mia de "vingativa" e acusou a mãe de tê-lo manipulado para odiar o diretor.
Em 2014, quando as declarações de Moses ganharam as manchetes, Dylan rebateu as falas do irmão. "Esta é uma enorme traição contra mim e toda a minha família. Minhas memórias são a verdade e elas são minhas e eu vou viver com isso para o resto da minha vida."
Depois de seus argumentos, Baldwin deu um ultimato. "Se minha defesa do Woody Allen ofende você, é simples: Deixe de me seguir, condene-me e siga em frente", decretou. O ator ainda disse que sua intenção não é "prolongar ou diminuir" os sofrimentos de Dylan. "Eu espero que todo abusador seja pego e punido. Sem exceções e que pessoas inocentes sejam deixadas em paz", finalizou.
Greta Gerwig, Colin Firth, Ellen Page, Rebecca Hall, Timothee Chalamet e David Krumholtz estão entre as atrizes e atores que manifestaram desgostos por ter trabalhado com Woody Allen e alguns deles já anunciaram que vão doar os cachês que receberam para instituições que combatem a violência contra mulheres.
Após a entrevista de Dylan para a TV em janeiro deste ano, Allen se manifestou sobre o caso. "Quando essa alegação foi feita pela primeira vez há 25 anos, ela foi investigada minuciosamente pela Clínica de Abuso Sexual Infantil do Hospital Yale-New Haven e pelo Bem-estar da Criança do Estado de Nova York. Ambos investigaram durante meses e concluíram de forma independente que não houve molestamento. Em vez disso, eles acharam provável que uma criança vulnerável tinha sido treinada por sua mãe irritada a contar a história durante um término controverso."
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