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Johnny Depp teria perdido quase toda a sua fortuna de US$ 650 milhões

A revista Rolling Stone publicou uma matéria sobre os problemas legais e financeiros do ator de 55 anos de idade.

22 jun 2018 - 16h31
(atualizado em 26/6/2018 às 15h57)
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Diante das câmeras, faz tempo que Johnny Depp mantém um ritmo irregular, alternando poucos filmes razoáveis na última década (Inimigos Públicos, Aliança do Crime) e muitos fracassos de crítica e/ou bilheteria (Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar, Alice Através do Espelho, Mortdecai: A Arte da Trapaça, Transcendence: A Revolução, O Cavaleiro Solitário). Entretanto, o verdadeiro fiasco de Depp aparenta estar em sua vida pessoal, por trás dos holofotes de Hollywood.

Foto: John Phillips/Getty Images / AdoroCinema

A situação do astro em decadência foi analisada por uma extensa matéria publicada na revista Rolling Stone sobre os problemas pessoais, financeiros e judiciais do ator. Estima-se que o intérprete três vezes indicado ao Oscar tenha alcançado um patrimônio de US$ 650 milhões, um montante impressionante, considerando que os filmes nos quais atuou faturaram uma receita somada de US$ 3,6 bilhões. Entretanto, a fortuna do ator e músico se perdeu "quase por inteiro", garante a reportagem.

Depp está processando The Management Group, empresa que gerenciava suas finanças e usou a matéria da Rolling Stone para expor as questões incômodas do trâmite judicial. O ator acusa a TMG, que pertence ao seu ex-empresário, Joel Mandel, e ao irmão dele, Robert, de tê-lo lesado financeiramente. Entre as acusações do ator estão negligência, fraude e violação de dever fiduciário. 

O ator alega que a TMG fazia transações com o seu dinheiro sem o seu conhecimento, como quando a empresa cedeu US$ 7 milhões para Christi Dembrowski, irmã do ator, e US$ 750 mil para Nathan Holmes, assistente dela. O processo movido por Depp afirma ainda que a TMG fez investimentos com seu dinheiro do ator movida por objetivos particulares e pede US$ 25 milhões da companhia, que, alegadamente teria levado "dezenas de milhões de dólares" das contas do artista.

Johnny Depp e Benicio Del Toro em Medo e Delírio (1998)

A TMG, por sua vez, está processando Depp de volta, afirmando que o ator é um gastador compulsivo que chega a torrar US$ 2 milhões por mês, o que explicaria a derrocada de sua situação financeira. À Rolling Stone, representantes dos irmãos Mandel contaram que os empresários tinham a impressão de que Depp "dava a sua carteira para um pré-adolescente com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade" pela forma como o ator gastava seu dinheiro. Segundo a matéria, o ator usou US$ 75 milhões comprando 14 residências. Gastou US$ 3 milhões para lançar as cinzas do escritor e jornalista Hunter S. Thompson nos céus com um foguete (Depp atuou em dois filmes baseados em obras do autor, Medo e Delírio e Diário de Um Jornalista Bêbado). Com um trocado, apenas US$ 7 mil, Depp fez um mimo para a sua filha e comprou um sofá que aparece no reality show Keeping Up With the Kardashians. Seu patrimônio inclui 70 guitarras, 200 obras de arte (com peças de artistas como Basquiat e Warhol), 45 veículos de luxo e um gasto mensal de US$ 200 com viagens aéreas particulares. Para a TMG, Depp é um "mimado que não controla impulsos".

Quando a reportagem pede que Depp comente sua situação legal e financeira, o ator é evasivo, como se houvesse alguém conspirando contra ele. "Eu sou apenas uma pequena parte disso. É a porra da Matrix. Eu não vi o filme nem entendi o roteiro, mas isso é o que é", disse. Depp diz que não costumava ler os contratos e transações que assinava quando seus empresários e gerentes o procuravam pois eram pessoas de sua confiança. "Agora eu leio tudo que assino", ponderou o ator.

Na matéria, Depp também falou sobre outro nome de Hollywood que viveu uma derrocada recente, o infame produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por dezenas de mulheres. Para o ator, Weinstein era "um valentão" que sabotou seu filme Homem Morto, lançado em 1995, e distribuído pela Miramax. O motivo teria sido o fato do diretor Jim Jarmusch ter se recusado a dar o controle do corte final do filme para Weinstein.

Na conversa com a Rolling Stone, Depp não abordou o tema do divórcio com a atriz Amber Heard, que o acusou de agressão antes de firmar um acordo em US$ 7 milhões (que ela doou para a caridade) que os impede de falar sobre o assunto. A conturbada separação que ocorreu em 2016 foi marcada por uma foto de Heard com hematomas no rosto e um vídeo de Depp descontrolado e agindo de forma violenta com sua ex-esposa. Um amigo da atriz chegou a escrever em um blog que ela teria, em ocasiões diferentes, recebido chutes, empurrões e um soco. Depp nega.

AdoroCinema
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