Robby Müller, diretor de fotografia do clássico Paris, Texas, morre aos 78 anos
O artista holandês também trabalhou com cineastas como Wim Wenders, Jim Jarmusch, Lars von Trier e Peter Bogdanovich.
Alguns clássicos do cinema de arte jamais teriam sido possíveis sem as intervenções de seus diretores de fotografia. Este é o caso, por exemplo, de longas como Paris, Texas, Daunbailó e Ondas do Destino, três icônicas obras que foram elevadas pelas lentes do diretor de fotografia holandês Robby Müller, falecido ontem, dia 3 de julho, aos 78 anos, em Amsterdã (via Deadline).
Formado na Escola de Cinema da Holanda e dono de um estilo de iluminação frequentemente comparado ao do lendário pintor Johannes Vermeer (1632-1675), Müller tornou-se conhecido por sua estética naturalista e poética e ficou conhecido pela alcunha de "Mestre da Luz". Tendo iniciado sua carreira ao lado de Wim Wenders, rodando clássicos do diretor alemão como Alice nas Cidades, O Amigo Americano e No Decurso do Tempo, Müller também emprestou seus conhecimentos para obras de realizadores como Peter Bogdanovich e Barbet Schroeder.
Tendo se concentrado em curtas-metragens nos últimos anos, o derradeiro grande trabalho de Müller foi em Dançando no Escuro, de 2000. Posteriormente, ele ainda filmaria A Festa Nunca Termina e um dos segmentos da antologia Sobre Café e Cigarros.
We have lost the remarkable, brilliant & irreplaceable Robby Müller. I love him so very much. He taught me so many things, & without him, I don't think I would know anything about filmmaking. R.I.P. my dear friend Robby #RobbyMüller
— Jim Jarmusch (@JimJarmusch) 4 de julho de 2018
"Nós perdemos o impressionante, brilhante e insubstituível Robby Müller. Eu o amo muito. Ele me ensinou muitas coisas e, sem ele, acho que não saberia nada sobre fazer filmes. Descanse paz, querido amigo"