Série documental sobre o escândalo Watergate está em produção no canal History
A série vai trazer a polêmica do governo Nixon de volta à cena.
Enquanto o mundo se afoga em governos em crise e presidentes impopulares, o History Channel vai dar uma volta no passado para analisar um outro período polêmico da história norte-americana: o Escândalo de Watergate.
O canal deu sinal verde para a série documental Watergate, que vai trazer para a frente das telas o escândalo descoberto em 1972 e que levou à renúncia o então Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.
"A investigação de Watergate deixou perplexos a América e o mundo inteiro por dois anos. 45 anos depois, essa épica história continua a fascinar", declarou o presidente do grupo A+E Networks, Paul Buccieri. "De políticos corruptos a promotores de acusação tendenciosos, juizes e jornalistas, o escândalo é repleto de heróis e vilões", finalizou.
Charles Ferguson (vencedor do Oscar de 2011 pelo documentário Trabalho Interno) vai dirigir e produzir a série, que vai incluir entrevistas com oficiais do governo Nixon, membros do congresso e profissionais envolvidos na cobertura da espionagem e na investigação. Segundo o History, o documentário também vai incluir "informações previamente desconhecidas" em relação às gravações, que foram desvendadas graças à tecnologia de reconhecimento de voz e análise avançada do material.
O Caso Watergate foi um escândalo político que ocorreu nos Estados Unidos na década de 1970, culminando na renúncia do então Presidente Richard Nixon, do Partido Republicano. A história veio à tona quando Bob Woodward e Carl Bernstein, dois repórteres do Washington Post, começaram a investigar, em 1972, um assalto à sede do Comitê Nacional do Partido Democrata, localizado no Complexo Watergate. Durante meses, eles estabeleceram ligações entre o assalto e a Casa Branca, e foram informados pela fonte conhecida apenas como Garganta Profunda de que Nixon sabia das operações ilegais. Dois anos após o início das investigações, em 1974, Nixon renunciou, quando inúmeras provas já apontavam para o envolvimento de seu partido com os atos de espionagem. O caso deu origem ao longa-metragem Todos Os Homens do Presidente (1976), vencedor de quatro Oscars (incluindo o de melhor roteiro adaptado) e protagonizado por Dustin Hoffman e Robert Redford.
