Entrevistas

Herói na ficção, Tom Hanks rejeita título na vida real
Por Janice Scalco

Como foi a experiência de viver Robert Langdon pela segunda vez?
É maravilhoso interpretar alguém tão esperto quanto Robert Langdon. Evidentemente, ele é o único simbologista do mundo (risos). Em O Código da Vinci, Langdon de repente se viu no meio de algo que ele nunca tinha vivido antes. De vez em quando o filme dava uma parada, eu começava a falar e um flashback explicava o que estava acontecendo. Em Anjos e Demônios, ele já foi taxado como "persona non grata". O Código era como uma caça ao tesouro. Este filme agora é mais como uma corrida de cavalos. O tempo está passando e Langdon precisa descobrir as coisas. Se ele estiver errado, ele perde seu precioso tempo. É um pouco como um sonho se tornando realidade para um ator poder interpretar um cara que entra no lugar, pensa que sabe a resposta certa e sai para tentar impedir que algo aconteça. É excitante e divertido.

Robert Langdon está sempre correndo no filme. As cenas exigiram muito de você fisicamente?
Exigiram bastante fisicamente. Não posso negar. Mas essa não é a parte mais importante do filme porque tínhamos que transmitir grandes idéias. Mas tenho que dizer que todas as pedras dos calçamentos de Roma têm formato irregular. Toda escadaria em Roma é uma armadilha mortal esperando por você. (risos). Nós só imaginávamos em qual cena a Ayelet (Zurer, que interpreta Vittoria Vetra) ou eu torceríamos nossos tornozelos e ficaríamos sem poder trabalhar pelo resto filme. Cada momento foi uma aventura.

No livro de Dan Brown, Langdon e Vitoria têm um romance. Por que não há referência disso no filme?
A gente realmente não tem tempo para namorar ou para ir para cama quando cardeais são mortos a cada hora (risos). Tentamos mudar o roteiro mais de uma vez. Tem algum hotel em que um cardeal possa ser mantido refém? Tem um carro maior com um banco de trás mais largo? (mais risos). (...) Foi uma oportunidade perdida pra mim, apesar de ter feito o dia da Ayelet mais fácil.