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Star Wars IX: filme tem vilão forte e mostra o melhor de Rey

Com 'fan service', A Ascensão Skywalker revela identidade de Rey, traz vilão à altura e finaliza Saga com participação emocionante de Fisher

18 dez 2019 - 08h57
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Minha experiência com Star Wars começou há razoavelmente pouco tempo. Há 4 anos, um pouco antes de O Despertar da Força estrear, eu gabaritei as duas primeiras trilogias em um fim de semana. Foi paixão à primeira vista. Ficava fascinada com como mulheres eram retratadas. Leia, de Princesa a General, Padmé, de Rainha a Senadora da República Galáctica, e, agora, Rey, todas donas do próprio resgate, da própria história. 

Anthony Daniels, Oscar Isaac, Brian Herring, Dave Chapman, John Boyega, Daisy Ridley, e Joonas Suotamo em 'Star Wars: Episode IX - A Ascensão Skywalker'
Anthony Daniels, Oscar Isaac, Brian Herring, Dave Chapman, John Boyega, Daisy Ridley, e Joonas Suotamo em 'Star Wars: Episode IX - A Ascensão Skywalker'
Foto: IMDB / Divulgação

É uma experiência particular. Pouco importa. Mas cada experiência particular, de cada espectador, dará a Star Wars: A Ascensão Skywalker, o último da Saga iniciada em 1977, com George Lucas, um significado especial. Para os fanáticos (com todo respeito e admiração), adianto que poderão haver decepções. Como agradar a todos? Para os fãs casuais, grupo a qual me incluo, o entretenimento é garantido. 

A revelação da identidade de Rey foi bombástica. Nem em todos os fóruns on-line ou conversas de bar que pude testemunhar, alguma hipótese se aproximou da realidade. A presença de Carrie Fisher, imagens aproveitadas de O Despertar da Força, como revelou J.J. Abrams, foi emocionante. É realmente incrível como os diálogos se conectam com a história do Episódio IX. Temos um vilão à altura, temos redenção, cenas de luta e um universo inteiro de criaturas e seres que só a imaginação de gênios poderia dar vida. 

Episódio IX - A Ascensão Skywalker, com o mínimo de spoilers

Como em toda história Star Wars, o longa começa com a famosa tela escura e estrelada, com a sinopse do que o espectador encontrará. Uma mensagem do além anuncia o perigo: uma promessa de vingança do Imperador Palpatine, morto por Darth Vader no final de O Retorno de Jedi. Esse mistério é rapidamente resolvido com o encontro de Kylo Ren com um dos maiores antagonistas da história da franquia. Darth Sidious vive e durante o tempo que esteve recluso, levantou um exército de naves munidas com a força de destruição da Estrela da Morte. Sendo capazes, portanto, de destruir planetas inteiros. 

Desse encontro surge uma revelação e uma missão. Kylo agora sabe a verdadeira identidade de Rey, quem são seus pais, e deverá matá-la para, junto de Palpatine, governar toda a galáxia. 

Enquanto isso, Rey está em treinamento com Leia e, na Falcon, Poe, Finn, Chewbacca e o C3PO continuam em suas missões para acabar com os planos de aniquilação da Primeira Ordem. Com a ajuda de um espião da tropa inimiga, os heróis da resistência descobrem o real perigo que a galáxia enfrenta, com o retorno de Palpatine, e vão ao encontro da General. Lá, Rey revela que antigas anotações de Luke mostram um caminho para tentar encontrar o grande antagonista e, quem sabe, acabar com a ameaça. É preciso encontrar uma espécie de localizador Sith, capaz de indicar o trajeto exato para Palpatine. Começa então a última aventura. 

A Ascensão Skywalker poderá não agradar os fãs mais fiéis. Descartaria partes da última cena de Kylo Rey, mesmo já antevendo o desfecho do personagem de Adam Driver. Houveram vários momentos em que dava para sentir que rotas foram escolhidas para agradar o fã. O famoso serviço para os fãs. E Star Wars não é isso, Star Wars agrada por ser inesperado. 

E a revelação da identidade da Rey foi inesperada. É uma mensagem linda para ser repassada para os fãs. Suas últimas palavras e a peso que elas carregam entrarão para a galeria de trechos icônicos, ao lado de “é assim que a liberdade morre, com um estrondoso aplauso”.  A Ascensão Skywalker foi sobre Rey. Uma linda forma de finalizar uma Saga que sempre contemplou mulheres. 

A despedida de Carrie Fisher

Em entrevista para o The Late Show with Stephen Colbert, J.J Abrams contou que no livro Memórias da Princesa: Os Diários de Carrie Fisher, a intérprete de Leia Organa fez uma dedicatória especial, premonitória, bem ao estilo da atriz. “Obrigada por me aguentar duas vezes”. Até então, J.J. não estava confirmado para o último filme da franquia e só tinha trabalhado com Carrie uma única vez. Destino.

As imagens de Leia, sem computação gráfica nenhuma, contam a história de A Ascensão Skywalker perfeitamente. A sua última cena com Rey, a despedida, que só sugere que a General já sabe a real identidade da personagem — o que mais tarde é confirmado na trama, é emocionante. “Não tenha medo de quem você realmente é”. É uma mensagem ao melhor estilo Star Wars. O caráter está acima de um sobrenome, tanto para o universo criado por George Lucas, como para a realidade que vivemos. 

Star Wars: A Ascensão Skywalker estreia no dia 19 de dezembro. 

Veja também:

Star Wars: A Ascensão Skywalker Trailer Legendado:
Fonte: Redação Terra
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