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Demi Moore fala sobre salário histórico em striptease e críticas recebidas

19 set 2024 - 17h50
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A campanha de Demi Moore com livro sobre "soltar pum"
A campanha de Demi Moore com livro sobre "soltar pum"
Foto: The Music Journal

Demi Moore, uma das maiores estrelas de Hollywood na década de 1990, fez história ao se tornar a atriz mais bem paga do mundo ao receber US$ 12,5 milhões por seu papel no filme Striptease (1996). Em uma conversa recente no podcast The Interview, do The New York Times, a atriz desabafou sobre as críticas que recebeu na época por seu salário astronômico e o impacto que isso teve, tanto na indústria quanto em sua imagem pública.

Na entrevista, Demi Moore abordou a reação negativa que enfrentou ao atingir esse marco histórico, especialmente em comparação aos seus colegas masculinos. "Com Striptease, parecia que eu tinha traído as mulheres. Com G.I. Jane, parecia que eu tinha traído os homens.

Mas o que eu acho interessante é que, quando me tornei a atriz mais bem paga, por que, naquele momento, a escolha foi me derrubar?", questionou a atriz, refletindo sobre como a mídia e a sociedade reagiram ao fato de uma mulher alcançar tal nível de remuneração.

Moore também observou como, ao conseguir essa igualdade salarial, o foco da crítica não era o que deveria ser. "Eu não levo isso para o lado pessoal. Acho que qualquer pessoa que estivesse na posição de ser a primeira a obter esse tipo de igualdade salarial provavelmente teria sofrido um golpe. Mas, como eu fiz um filme sobre o mundo da striptease e o corpo, me senti muito humilhada", confessou.

O papel de stripper em Striptease foi uma escolha ousada, e, para Demi, o julgamento sobre sua escolha artística se misturou às questões sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres. "O relato rapidamente se tornou: 'Bem, ela só está recebendo esse valor porque está interpretando uma stripper.' Isso me atingiu muito", disse. A atriz explicou que se sentia grata por ter alcançado um marco importante em termos de igualdade salarial, mas que a natureza do filme fez com que ela fosse alvo de críticas pesadas.

Demi Moore fala sobre machismo na indústria

Durante o podcast, Demi Moore também relembrou sua vida pessoal na época, quando era casada com o ator Bruce Willis, destacando que as comparações com o salário do marido eram inevitáveis, mas que ela via como um reflexo de um problema maior de desigualdade. "Não se tratava de me comparar a ele. Sim, eu via o que ele recebia, mas era mais sobre: 'Por que não eu? Se estou fazendo o mesmo trabalho, por que não?'", desabafou. Moore argumentou que sua luta era mais ampla, não se limitando à sua remuneração pessoal, mas sim à busca por equidade no ambiente de trabalho para todas as mulheres.

Outro ponto levantado pela atriz foi a polêmica em torno da famosa capa da revista Vanity Fair, em que apareceu grávida. A capa gerou reações mistas, com Moore desafiando as normas sociais da época ao mostrar seu corpo de forma orgulhosa. "Eu não entendia por que era um grande problema, por que as mulheres grávidas precisavam ser escondidas? Por que temos que negar que tivemos relações sexuais?", disse. Para Demi, o choque que sua imagem causou na época refletia o medo e a repressão em torno da sexualidade feminina.

Ao longo da entrevista, Demi Moore reafirmou seu orgulho por ter sido uma das primeiras a abrir portas para outras mulheres em Hollywood, apesar das críticas e da pressão que enfrentou. "Era sobre mudar o campo de jogo para todas as mulheres. Mas, como eu estava interpretando uma stripper, parecia que traí as mulheres", concluiu, enfatizando que, independentemente de suas escolhas de papéis, a questão central sempre foi a luta por justiça e igualdade no cinema e na sociedade.

Djenifer Hnez - Supervisionada por Marcelo de Assis

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