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Diretor explica como fazer reality musical em plena pandemia

Felipe Pontes, do ‘Revelações Brasil’, diz que todos os participantes recebem apoio para seguir carreira após a atração

23 jun 2021 - 09h31
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Hoje, às 20h, acontece a grande final do ‘Revelações Brasil’ na TV Aparecida. Quatro cantores — Lukas Hipólito, Lucca Rodrigues, Teka Balluthy e Viviane Leitão — vão se enfrentar em busca da vitória.

O diretor Felipe Pontes (à esquerda) e a apresentadora Amanda Françozo (ao centro) com parte da equipe do reality musical
O diretor Felipe Pontes (à esquerda) e a apresentadora Amanda Françozo (ao centro) com parte da equipe do reality musical
Foto: Divulgação

A temporada aconteceu sob o desafio de reunir equipe numerosa e dezenas de candidatos em alguns dos piores momentos da pandemia de covid-19 no País.

Em conversa com o blog, o diretor da atração, Felipe Pontes, revela detalhes da operação para levar o programa ao ar seguindo os protocolos sanitários e diz como os participantes poderão aproveitar a chance na TV para concretizar o sonho de ter uma carreira musical de sucesso.

Quais foram os maiores desafios para produzir o ‘Revelações Brasil’ com o coronavírus à espreita?

Acredito que todo programa de TV tem seus desafios para ser realizado, ainda mais quando se trata de uma produção que envolve vários setores e muita criatividade. Mas realizar um reality show durante a pandemia foi o maior deles. Aqui na TV Aparecida, uma das nossas metas é receber da melhor forma nossos convidados. Então, a gente precisou se adequar e cumprir os protocolos de segurança durante todas as etapas. Dessa forma, cuidamos das nossas equipes e dos candidatos que vieram das mais diversas regiões do Brasil. Como todas as emissoras, o distanciamento, o uso de máscara e do álcool em gel foram e são itens essenciais. Contamos também com a higienização, período a período, onde houve circulação de pessoas, assim como no nosso estúdio. Fazer com que todos estivessem conscientes o tempo todo, sentindo-se seguros e responsáveis pela segurança do próximo, foi a nossa maior missão em todas as gravações.

 Legenda: Acima, o diretor Felipe Pontes em dois momentos; abaixo, os finalistas do ‘Revelações Brasil’
Legenda: Acima, o diretor Felipe Pontes em dois momentos; abaixo, os finalistas do ‘Revelações Brasil’
Foto: Juan Ribeiro/Divulgação

Quantos candidatos iniciaram essa jornada do programa até chegar aos finalistas?

Foram milhares de inscritos. Eu e minha produção assistimos a todos os vídeos que recebemos. Ao todo, selecionamos 45 candidatos para as audições e, hoje, temos quatro finalistas super talentosos. Tivemos vozes espetaculares durante todas as etapas do programa, mas para ser considerada a Revelação Brasil é preciso mais do que isso. Um artista completo tem voz, carisma, sabe se portar no palco, entretém por si só. Quando canta, realmente brilha. Buscamos em cada vídeo assistido pessoas que brilharam em suas essências, que poderiam trazer ao nosso público um espetáculo a cada apresentação.

Como aconteceu a avaliação da qualidade vocal dos competidores?

Como diretor do reality, meu papel foi deixar claro aos nossos jurados o que estamos buscando como Revelação Brasil. Os jurados discutiam depois das apresentações e escolhiam quem passava ou não para as próximas fases. É mais do que uma voz. Se destaca quem sabe utilizar todo o “pacote artístico” que existe dentro de si. No mercado fonográfico existem muitos cantores com vozes mais “frágeis” que são um fenômeno. O que nos encanta neles? O pacote artístico! É carisma, domínio de palco, o entretenimento por completo. Claro que potência é impactante e vale muito, mas a revelação musical que procuramos tem que ser completa.

O programa, que nas duas temporadas anteriores era restrito a um só estilo musical, o sertanejo, expandiu para outros gêneros. Como essa mudança se refletiu na dinâmica da atração?

Esse é o meu primeiro ano dirigindo o Revelações. Já tive outros desafios como dirigir a transmissão do tenor Andrea Bocelli aqui no Brasil, a cobertura dos compromissos do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude e shows com grandes nomes da música brasileira. Mas trabalhar com o sonho de pessoas é sempre desafiador e muito rico. Com a expansão para todos os ritmos, foi melhor ainda. O público da TV Aparecida gosta bastante da música sertaneja e por isso o programa teve duas edições com esse tema. Este ano, com a pandemia, nosso público cresceu ainda mais e, por isso, apostamos em abrir para os demais estilos. Acertamos em cheio porque o universo da música é extremamente marcante em nossas vidas. Quem não tem uma canção que marcou um fato importante? Os programas musicais permitem que nossas emoções despertem bons sentimentos, quando podemos cantar juntos, nos emocionar, e com a abrangência de todos os ritmos as possibilidades aumentaram.

A apresentadora Amanda Françozo com os jurados da atração da TV Aparecida
A apresentadora Amanda Françozo com os jurados da atração da TV Aparecida
Foto: Juan Ribeiro/Divulgação

Houve alguma restrição na escolha de candidatos por conta de estilos musicais que poderiam ser considerados inadequados em uma emissora católica, como rap e funk, que costumam ter músicas com letras recheadas de palavrões e erotização?

Não existe restrição de estilo musical no ‘Revelações Brasil’, mas os candidatos sabiam que iriam se apresentar em uma emissora de inspiração religiosa. Já tinham consciência disso para escolher repertório adequado ao público que assiste à TV Aparecida. Não tivemos problemas, nos adaptamos muito bem e acredito que conseguimos levar excelentes canções ao nosso público.

Lembra de algum momento curioso que ocorreu durante as gravações?

Todo grande projeto tem grandes histórias, mas o que mais me tocava nas gravações era o espírito de grupo que os candidatos tinham entre si. Eu vi os jurados chorando porque teriam que eliminar alguém. Também foi especial quando minha produção abria os comunicadores durante as apresentações e todos estavam emocionados, totalmente envolvidos com os sonhos dos candidatos.

Quais as possibilidades ao vencedor do programa?

O ganhador terá um EP produzido pelo maestro Rodrigo Costa e um videoclipe gravado com equipe profissional. Duas ferramentas poderosas para promover o artista. Todos os finalistas têm a chance de serem descobertos pelo grande público. Eles estão prontos e dispostos a despontar para o sucesso. O programa em si é uma grande vitrine, e a partir daí, vale o esforço de cada um para continuar trabalhando suas ferramentas artísticas — voz, corpo, oratória — e buscar o seu espaço no cenário musical brasileiro.

Vocês, do programa e da emissora, acompanham os vencedores das edições anteriores? Uma crítica frequente a esse formato de reality musical é a falta de apoio que os campeões recebem após a vitória para dar sequência à carreira.

Os candidatos das edições anteriores, não somente os vencedores, são convidados, frequentemente, para participar de vários programas e entrevistas na Rede Aparecida de Comunicação (Rádio, TV e portal A12). Os ex-participantes comentam que, após o programa, muitas oportunidades aparecem. Queremos contribuir para a realização de sonhos, assim como o ‘Revelações Brasil’ já foi um sonho, e hoje é realidade.

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