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Documentário mostra inferno cotidiano da guerra no Afeganistão em Sundance

Depois de terem vivido durante um ano com 15 militares americanos em uma das regiões mais perigosas do Afeganistão, os autores de "Restrepo" levaram neste sábado às telas do Festival de Sundance o inferno da guerra para os soldados, em um excepcional docum

23 jan 2010 - 20h54
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Depois de terem vivido durante um ano com 15 militares americanos em uma das regiões mais perigosas do Afeganistão, os autores de "Restrepo" levaram neste sábado às telas do Festival de Sundance o inferno da guerra para os soldados, em um excepcional documentário.

Apresentado na competição oficial, a produção era uma das mais esperadas da vigésima sexta edição do maior festival de cinema independente dos Estados Unidos, que acontece até o dia 31 de janeiro em Park City, na região das montanhas de Utah (oeste).

Entre 2007 e 2008, os jornalistas de guerra Tim Hetherington e Sebastian Junger acompanharam um pelotão de soldados no vale afegão de Korengal, um bastião talibã na fronteira com o Paquistão.

A dupla compartilhava tudo com os militares: das condições de vida espartanas, entre o enorme tédio e a constante tensão, aos ataques dos insurgentes, em meio a raros momentos de leveza.

"De fato, nenhum jornalista jamais fez isto, sobretudo durante a duração de uma missão", destacou Hetherington, que recebeu quatro prêmios da prestigiada organização World Press Photo.

"Então, decidimos passar muito tempo com eles, o que foi possível", contou à AFP.

"Há 22 milhões de famílias americanas com filhos, irmãos ou cônjuges que estiveram ou estão no exército e querem saber como foi o que eles viveram. Este filme mostra isso", acrescentou.

"A ideia era fazer um filme apenas sobre a experiência dos soldados", explicou Junger, correspondente de guerra e escritor, autor do best-seller "Mar em fúria" ("The perfect storm"), que foi adaptado para o cinema com o ator George Clooney.

"Eles deixaram que nós entrássemos em suas vidas e aceitaram que filmássemos tudo. Nunca nos esconderam nada", afirmou Hetherington.

Os autores, por sua vez, também não escondem nada. Nem sequer a morte, que predomina nos primeiros minutos do documentário, com um ataque dos talibãs que custou a vida do médico do pelotão, Juan Restrepo, cujo nome será usado por seus companheiros para batizar uma posição avançada tomada dos insurgentes.

Apesar do perigo e da extrema violência de algumas situações, os autores nunca deixaram de filmar.

"Só desliguei a câmera uma vez, quando um homem começou a chorar enquanto falava de um de seus amigos, que havia morrido", admitiu Junger.

rr/ap

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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