Empresa sueca faz aquisição de direitos autorais de sucessos brasileiros por R$ 150 milhões
De acordo com uma reportagem da Infomoney, a empresa sueca Bell Partners AB, realizou a aquisição de direitos autorais da Adaggio, que foi gestora de obras musicais brasileiras que fizeram sucesso, com as do Grupo Molejo e Novos Baianos.
A Adaggio era controlada por um fundo de investimentos em participações (FIP) da Arbor Capital, que levantou um aporte de R$ 60 milhões junto a sócios e clientes para aquisições de catálogos.
Agora, a Bell Partners, uma empresa especializada em investimentos na indústria musical, assume o espólio desses catálogos, como uma forma de entrar no mercado latino-americano.
O total da aquisição realizada pela Bell Partners, segundo a Infomoney, é algo superior a R$ 150 milhões.
"Estamos com munição para fazer qualquer tipo de negócio no Brasil", afirmou João Luccas Caracas, em entrevista para a Infomoney.
Direitos autorais: empresa adquire centas de catálogos e milhares de músicas
Ainda de acordo com a publicação, a Adaggio conta com 170 catálogos, resultando em mais de 200 mil músicas. A empresa recebe pela reprodução das músicas nas plataformas de streaming, além dos direitos autorais que são pagos pelo Ecad.
Com a Bell Partners, todo esse negócio será expandido, pois a empresa situda na Suécia é detentora de uma rede global de empresas voltadas à indústria musical, o que vai permitir a amplificação de toda a obra da Adaggio internacionalmente.
Direitos autorais: em 2023 Ecad viu distribuição crescer com campanha em festivais
Os resultados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) em 2023 mostraram um crescimento de 22,5% na distribuição de direitos autorais destinada a titulares de música, em comparação com o mesmo período de 2022. De janeiro a junho de 2023, foram distribuídos R$ 624 milhões em direitos autorais a 231 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos.
A retomada de shows, festivais e eventos no Brasil foi um dos principais fatores que impulsionaram o mercado de execução pública da música no primeiro semestre do ano passado.
Diante do "boom" de shows, o Ecad traçou um planejamento para intensificar a sua campanha de conscientização sobre o pagamento de direitos autorais, convidando marcas patrocinadoras para participarem desse movimento no Brasil. Isso porque empresas que patrocinam festivais de música
e investem em ativação de marca nem sempre estão cientes de que organizadores de eventos musicais e festivais precisam estar adimplentes com o pagamento dos direitos autorais.
"Sabemos a importância dos festivais para as empresas patrocinadoras e, por isso, iniciamos uma campanha para que elas conheçam o nosso trabalho mais de perto e avaliem incluir, em seu checklist de ativação de marca junto aos organizadores de festivais, o compromisso deles com o pagamento dos direitos autorais. Afinal os compositores têm o direito de receber por suas criações", disse Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.