8 curiosidades sobre Agatha Christie, a eterna Dama do Crime
De maior livro do mundo ao mistério de seu desaparecimento, confira curiosidades e fatos sobre Agatha Christie
Quando falamos sobre literatura policial, não podemos deixar de citar Agatha Christie, não é mesmo? Nascida em 1890 na cidade de Torquay, no Reino Unido, a eterna "Dama do Crime", como foi apelidada, é considerada pelo Guinness Book a romancista mais bem-sucedida da história em números de livros vendidos.
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Ao longo de sua vida e carreira, publicou oitenta obras - sendo 66 romances de 14 coletâneas de contos, e alguns deles sob o pseudônimo de Mary Westmacott. Dentre suas obras mais famosas, estão "Morte no Rio Nilo", "E não sobrou ninguém", "Os Crimes ABC", "Assassinato no Expresso do Oriente" e muitas outras.
Muito além de seus livros, Christie também possui, em sua própria história, diversas curiosidades - e até mistérios que não foram respondidos até hoje. Se você é fã da autora e deseja conhecer mais detalhes sobre sua vida e obra, confira algumas curiosidades e fatos que separamos:
O INÍCIO DE TUDO
Acredite se quiser, mas o primeiro romance da autora, "O misterioso Caso Styles", só foi escrito depois de uma aposta feita com sua irmã, que não acreditava que Christie conseguiria escrever uma história policial. Após ser recusada por seis editoras, a obra foi finalmente publicada em 1920.
RECORDES ALCANÇADOS
De acordo com o Guinness Book, a romancista é a mais bem-sucedida da história em número de vendas. No total, já foram vendidas mais de quatro bilhões de cópias de suas obras ao longo dos séculos XX e XXI - ficando atrás apenas das obras de William Shakespeare e da Bíblia, e suas obras já foram traduzidas para mais de 100 idiomas por todo o mundo.
Além disso, seu livro mais vendido, "E não sobrou nenhum", publicado em 1939, já teve mais de 100 milhões de cópias vendidas pelo mundo, tornando-se a obra de romance policial mais vendida da história - e um dos livros mais vendidos de todos os tempos. Incrível, não é mesmo?
O LIVRO MAIS GROSSO DO MUNDO
Além dos recordes de vendas, Agatha Christie também possui um recorde bem inusitado para a sua lista: a escritora é dona do livro mais espesso do mundo, que mede mais de 30cm, pesa cerca de 8kg e possui mais de 4.032 páginas. Neles, estão todos os 12 romances e 20 contos protagonizados pela detetive Miss Marple, uma de suas personagens mais famosas.
VENENOS & A SEGUNDA GRANDE GUERRA
Se você é fã de Agatha Christie já deve ter notado que, em muitas de suas histórias, a autora utilizava o veneno como principal método para matar as vítimas dos livros. Mas o que poucos sabem é que esse elemento não era utilizado por acaso! Durante a Primeira Guerra Mundial, Agatha Christie atuou como enfermeira voluntária em um hospital da sua cidade. Na época, algumas receitas médicas eram feitas à mão pelos funcionários, e como o trabalho exigia muito cuidado, substâncias perigosas precisavam ser verificadas antes de serem aplicadas.
Desta forma, a autora adquiriu um grande conhecimento na área, e montou sua própria biblioteca médico-legal. A partir de então, passou a usar venenos nas narrativas de forma precisa e sucinta, explicando de forma simples como as substâncias funcionavam.
VIAGEM PELO MUNDO
Em 1922, a autora acompanhou seu primeiro marido, Archie Christie, em uma viagem de negócios pelo mundo. Juntos, passaram pela África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Havaí e Canadá, e sua jornada serviu de inspiração para histórias escritas posteriormente.
O DESAPARECIMENTO
Um dos mistérios que mais intrigam os fãs até hoje foi o desaparecimento de Agatha Christie em 1926. No dia 3 de dezembro, Archibald Christie, seu marido na época, revelou que tinha um caso extraconjugal e, então, foi passar o fim de semana ao lado da amante. Na mesma noite, Agatha saiu de casa e seu carro foi encontrado no dia seguinte em um barranco, com os faróis acesos e todos os seus pertences dentro, intactos.
No total, foram 11 dias de buscas intensas pela autora, incluindo policiais, aviões, mergulhadores e mais de 15 mil voluntários. Quando foi encontrada em um hotel na cidade de Harrogate, Christie estava confusa e não conseguia explicar como chegou no local com apenas uma mala. Mais tarde, fora diagnosticada com fuga dissociativa, quando uma pessoa se desloca para lugares desconhecidos sob muito estresse e perde a memória. Até hoje, esse é um mistério que segue sem maiores respostas, inclusive o motivo de seu sumiço.
ENCONTRO COM A RAINHA
Em 1971, Agatha Christie foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de Dama-Comendadora da Ordem do Império Britânico - honra equivalente ao "Sir". Além disso, as duas se encontraram em novembro de 1974, na premiére do filme "Assassinato no Expresso do Oriente", e essa foi a última aparição pública de Christie antes de sua morte.
MISS MARPLE & HERCULE POIROT
Em grande parte de suas obras, dois detetives fictícios eram retratados por Agatha Christie e tornaram-se extremamente famosos pelos mistérios que solucionaram: Miss Marple e Hercule Poirot.
Jane Marple, conhecida como Miss Marple, fora retratada por Christie em 12 romances e 20 contos policiais. Inspirada na avó da autora e em outras mulheres da vida real, Miss Marple era uma senhora solteira que vivia no vilarejo fictício de St. Mary Mead. Diferente de detetives profissionais, ela era amadora e não trabalhava com interrogatórios, muito menos procurava pistas. Para desvendar os mais diversos mistérios, utilizava apenas o seu vasto conhecimento sobre comportamento humano.
Já Hercule Poirot esteve presente em mais de 40 romances de Agatha Christie. O famoso detetive fictício que resolvia seus casos usando células cinzentas, também já fora retratado em filmes, séries, rádio e teatro. Para evitar que o personagem fosse explorado após sua morte, a autora escreveu, em 1940, um romance chamado "Cai o pano", no qual Poirot morria. Seguindo suas ordens, o livro foi publicado apenas depois da morte de Christie, em 1975. Mas o mais curioso é que, na data, a morte do personagem foi noticiada em um obituário publicado pelo jornal The New York Times. Na edição do dia 6 de agosto de 1975, a capa do diário estampava a morte do detetive, o único personagem fictício da história a ocupar o obituário.
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