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"A Origem dos Guardiões" transforma personagens em super-heróis

29 nov 2012 - 15h52
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Em todo seu esplendor de luzes, brilhos, cores e barulho, "A origem dos Guardiões" é uma animação bonita, que faz um bom uso do 3D, embora sua trama reflita bem o espírito do norte-americano predominante: ver-se como o centro do mundo.

Os personagens, à exceção de Papai Noel e de um coelho da Páscoa, estão mais ligados à mitologia daquele país. Jack Frost, Sandman e a Fada dos Dentes são personagens com pouco sentido para o público brasileiro, embora, a certa altura, a trama faça o favor de explicar quem são.

Eles são guardiões da inocência das crianças, que com seu riso e alegria iluminam o mundo. Para que seus defensores não sumam, elas precisam acreditar neles, é claro.

Assim, o grupo luta contra um tipo de bicho-papão, chamado Breu (voz de Jude Law na versão original/Jorge Lucas, na brasileira) que pretende acabar com a inocência infantil e assim dominar o mundo. Se o ponto de partida da história é mais do mesmo, o diferencial está nos detalhes.

Papai Noel (Alec Baldwin/Sergio Fortuna), cujo nome é Norte, foi um espadachim cossaco que recebeu a missão de cuidar das crianças. Nos seus braços, ele tem tatuadas as palavras "bom" e "mau". Já o coelho da Páscoa (Hugh Jackman/Alexandre Moreno) não tem nada daquele animal pequeno e fofinho, conforme conta a lenda. Ele é grande, praticamente um guerreiro. Enquanto isso, a Fada do Dente é mais ou menos como aquela imagem vendida por Hollywood.

Já Jack Frost (Chris Pine/Thiago Fragoso) é uma figura difícil - como pessoa e como personagem - para ser compreendido. Ele é um menino capaz de gerar frio e congelar. Ninguém acredita em sua existência, mas, quando o mundo está ameaçado, é ele quem terá o poder de reverter a situação. O passado do rapaz é o momento realmente dramático do filme. Apesar do título do longa, só a origem dele é mesmo revelada.

Jack é, de certa forma, o único personagem a ter tido uma infância como as das crianças com quem todos tentam criar laços, por isso, fica mais fácil para ele tornar-se amigo dos pequeninos, desde que eles acreditem nele.

A direção é do estreante Peter Ramsay, cujo trabalho no departamento de arte inclui longas como "O Grinch" e "O espanta-tubarões". O roteiro, baseado em livros de William Joyce, tem algumas boas sacadas, como transformar figuras como Papai Noel e o coelho da Páscoa em uma espécie de super-heróis, bem como imaginar uma rivalidade entre esses dois personagens, disputando quem é mais amado ou famoso.

Mas é no visual mesmo que o longa se justifica. O filme estreia em cópias dubladas e legendadas, ambas em exibições convencionais, 3D e IMAX.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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