Adrien Brody se inspirou no próprio avô para construir personagem em O Brutalista
Em entrevista ao podcast da A24, o ator relembrou o avô, imigrante húngaro na América pós-Segunda Guerra Mundial, que era rejeitado pelo sotaque
O trabalho bem comentado de Adrien Brody em O Brutalista (2024) - que lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor ator - tem uma inspiração em uma história bem próxima ao do ator. Para interpretar o arquiteto húngaro fictício e sobrevivente do Holocausto László Tóth durante sua trajetória como imigrante nos Estados Unidos, ele se inspirou no próprio avô.
Descendente de húngaros e poloneses, o ator conhece de perto as dificuldades de estar em uma terra estrangeira. Durante uma participação no A24 Podcast, o ator conversou com Jason Schwartzman sobre o processo de construção do personagem e revelou uma forte influência de seu avô materno no processo.
"Minha mãe tem uma gravação — não sei se ela gravou ou se meu avô gravou — mas lembro dele tentando conseguir trabalho", disse ele. "Ele também aspirava ser ator, mas estava tentando conseguir trabalho e tinha uma gravação disso e eu ouvi essa gravação e ele soa ainda mais extremo do que o sotaque de László. Ele se apresentava — o nome de solteira da minha mãe é Plachy — e ele dizia 'Plachy' e dizia de novo e 'Gostaria de me candidatar ao emprego'. Então você podia ouvir a pausa do outro lado da linha e ele dizia, 'Sim, oh, ok, obrigado, obrigado', e você podia ouvir a rejeição e ele ligava de novo, outra pessoa, e eu realmente me lembro de como era uma luta."
O ator descreveu o avô como "muito carismático" e "bonito", e atribuiu as rejeições ao sotaque que era ouvido no telefone. Ele, no entanto, compartilhou boas memórias com os parentes que vieram da Europa: "Éramos uma família tão unida. Minha mãe era filha única, eu sou filho único, meus avós eram do velho mundo. Talvez porque eles soassem tão distintamente diferentes, isso me impressionou ainda mais do que qualquer outra pessoa."
"Ninguém soava como eles; ninguém era húngaro. Então, poder ter isso como uma espécie de luz guia em ['The Brutalist'], é realmente especial. E representar isso, porque eu sinto que isso é algo tão universal — há tantas pessoas de qualquer origem — somos todos descendentes de imigrantes. Houve muita luta. Não importa como você corte, não importa quem seja; Há muito sacrifício," concluiu.
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