"Ainda Estou Aqui" custou 1% de "Wicked"; saiba o preço dos indicados ao Oscar
Longa brasileiro custou cerca de 1% do orçamento de Wicked, um dos mais caros da lista; veja informações sobre cada um dos concorrentes
Na última quinta-feira, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou os indicados à 97ª edição do Oscar, que acontece em março.
O anúncio — adiado mais de uma vez em decorrência dos incêndios em Los Angeles — trouxe o longa brasilero Ainda Estou Aqui como candidato ao prêmio de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Além disso, a protagonista Fernanda Torres foi anunciada como candidata ao Oscar de Melhor Atriz.
Após a comoção por ter uma produção brasileira pela primeira vez no páreo de Melhor Filme, chamou atenção o orçamento de cada um dos candidatos — especialmente a diferença entre eles. De acordo com o IMDb, Ainda Estou Aqui é o mais barato entre os candidatos a Melhor Filme e custou cerca de 1% do que foi gasto com Wicked, um dos mais caros da lista. Veja os detalhes a seguir.
Os custos dos indicados ao Oscar
10. Ainda Estou Aqui (US$ 1,36 milhão)
Entre as produções indicadas ao Oscar de Melhor Filme, Ainda Estou Aqui foi o mais barato. Sem depender de financiamento público — como a famosa Lei Rouanet —, o longa de Walter Salles utilizou apenas recursos próprios para contar a hisória de Eunice Paiva, que se envolve em uma busca infindável pela verdade após o seu marido, Rubens, ser levado por policiais à paisana e desaparecer em meio ao regime militar. O Investimento valeu a pena, já que a arrecadação com bilheteria superou os US$ 13 milhões.
9. Anora (US$ 6 milhões)
O filme mais próximo do longa brasileiro em termos de gastos é Anora. Escrita e dirigida por Sean Baker, a produção conta a história Ani (Mikey Madison), uma stripper em Las Vegas, que acaba se apaixonando perdidamente pelo filho de um oligarca russo. A equipe de produção utilizou locações de forma espontânea para aproveitar a paisagem da região, o que ajudou a reduzir os gastos.
8. O Brutalista (US$ 10 milhões)
O Brutalista narra a história do arquiteto visionário László Toth (Adrien Brody) e sua esposa, Erzsébet (Felicity Jones), que, em 1947, escapam da Europa devastada pela guerra para recomeçar e ajudar a moldar a América moderna. No entanto, a chegada de um cliente enigmático muda radicalmente o curso de suas vidas. O orçamento é considerado enxuto e rendeu 10 indicações no Oscar 2025.
7. A Substância (US$ 17,5 milhões)
Dirigido por Coralie Fargeat, A Substância narra o declínio da carreira como atriz de Elisabeth Sparkle (Demi Moore), que aceitar experimentar uma droga misteriosa. À primeira vista, a substância possui propriedades extraordinárias, conseguindo replicar células e gerar, temporariamente, uma versão rejuvenescida e aprimorada dela mesma, na forma de Sue (Margaret Qualley). Filmado em Paris, o filme se aproveita dos efeitos visuais grotescos e da atuação de Demi Moore.
6. Conclave (US$ 20 milhões)
Novo longa de Edward Berger estrelado por Ralph Fiennes, Conclave é baseada no best-seller homônimo de Robert Harris. O filme acompanha um dos eventos mais secretos e antigos do mundo: a escolha de um novo Papa. Indicada em oito categorias, a produção é favorita na disputa pelo prêmio de Roteiro Adaptado.
5. Nickel Boys (US$ 23,2 milhões)
Baseado no livro The Nickel Boys, de Colson Whitehead, o filme conta a história da amizade de dois garotos negros norte-americanos enviados para um reformatório na Flórida na década de 1960. A produção é estrelada por Ethan Herisse, Brandon Wilson e Aunjanue Ellis-Taylor com direção da cineasta francesa RaMell Ross. Nickel Boys ainda não tem previsão de estreia no Brasil.
4. Emilia Pérez (US$ 26 milhões)
Concorrendo em 13 categorias, o longa é o mais indicado desta edição do Oscar. Em Emilia Pérez, Zoë Saldaña interpreta uma advogada procurada por um líder de um cartel de drogas, vivido por Karla Sofía Gascón, e recebe a proposta inesperada de ajudá-lo com um plano secreto: tornar-se a mulher que sempre sonhou. Gascón é a primeira mulher transgênero a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz Oscar.
3. Um Completo Desconhecido (US$ 70 milhões)
A cinebiografia de Bob Dylan traz Timothée Chalamet como intérprete do músico. Um Completo Desconhecido retrata a viagem de um jovem Dylan de Minnesota a Nova York para conhecer o cantor WoodyGuthrie (Scoot McNairy) durante uma apresentação icônica, que aconteceu em 1965 no Newport Folk Festival, quando ele inseriu uma guitarra elétrica em seu show e levou os admiradores do folk à loucura.
2. Wicked (US$ 145 milhões)
Com estrelas como Cynthia Erivo e Ariana Grande, a adaptação do musical da Broadway é a segunda mais cara da lista. Wicked conta a história de Elphaba, antes de se tornar a Bruxa Má do Oeste, e Glinda, a futura Bruxa Boa do Sul, que se tornam melhores amigas, mesmo com personalidades opostas, diferentes pontos de vista e a disputa pelo amor de um mesmo homem.
1. Duna (US$ 190 milhões)
Megaprodução de Denis Villeneuve, Duna é ambientado em um futuro distante, em que os planetas são parte de um império feudal intergalático, comandados por famílias nobres. Na história, a família de Paul Atreides (Chalamet) aceita controlar o planeta deserto Arrakis, também conhecido como Duna, produtor de uma valiosa especiaria, o que o torna alvo de interesse de outras tantas famílias.
Na segunda parte da história, Paul e a sua mãe, Lady Jessica Atreides (Rebecca Ferguson), estão juntos a Chani (Zendaya) e os Fremen, antigos residentes de Arrakis. Juntos, eles planejam reunir um exército de aliados para combater o implacável Barão Vladimir Harkonnen (Stellan Skarsgård). Assim como no caso de Ainda Estou Aqui, o investimento valeu a pena. Duna 2 ultrapassou a marca dos US$ 700 milhões em bilheteria global.
+++LEIA MAIS: Qual dos 3? O prêmio com mais chances do Brasil vencer no Oscar