Alice Braga sobre Wagner Moura em Hollywood: "arrebentou no set"
Atores brasileiros falam sobre experiência em Hollywood e estreia de Wagner Moura nos Estados Unidos
Quase uma década se passou desde que Wagner Moura e Alice Braga atuaram juntos no cinema, com o premiado longa Cidade Baixa (2005), de Sérgio Machado. O reencontro, no entanto, foi bem longe do Brasil e acompanhado de um orçamento bem mais robusto, já que os dois desembarcaram em Hollywood para estrelar a superprodução Elysium, de Neill Blomkamp, diretor de Distrito 9 (2009).
Após uma prévia de 10 minutos do filme, exibida na capital paulista na noite de segunda-feira (8), os brasileiros falaram sobre a experiência de trabalharem juntos em terras estrangeiras. “Wagner arrebentou no set”, derreteu-se a atriz, que não poupou elogios ao colega que pela primeira vez atua em Hollywood. Segundo ela, a equipe de produção saía “espantada” após gravar cenas com o baiano. “Foi importante ver um ator brasileiro muito bom mostrando ao mundo o que temos”.
Previsto para estrear no Brasil em 20 de setembro, Elysium parece reunir os conhecidos elementos de uma ficção científica de ação: a história se passa em 2159, quando a Terra está arruinada e a humanidade se divide em duas, os ricos, que vivem em um complexo no espaço chamado Elysium, e os pobres, que estão na decadência do que sobrou do planeta. Robôs, armadura cibernética e câmera em slow motion para cenas de explosão também estão no pacote.
Apesar do papel de destaque de Wagner e Alice, a trama é protagonizada por Matt Damon, que vive Max, um homem que já teve muitos problemas com a lei e que, agora, em liberdade condicional, tenta se restabelecer na sociedade terráquea com um subemprego em uma fábrica. Após um acidente de trabalho, ele parece contrair uma doença mortal cuja cura se encontra apenas em Elysium.
A partir daí, ele se une a Spider (Wagner Moura), personagem que, por um descuido durante o evento, foi apresentado como vilão, mas que soa mais como um revolucionário antissistema. Juntos, ele roubam dados de um magnata de Elysium que está na Terra a negócios, que parecem conter a cura para alguma praga que assola o planeta.
“Ele é uma mistura de revolucionário com fora da lei, hacker e coiote”, adiantou Wagner. “Ele não quer fazer parte do sistema, ele manda imigrantes ilegais para Elysium”, continuou o ator, deixando escapar que a narrativa sofre uma grande reviravolta. “Ele não é nem bom e nem mau...”, finalizou ele, antes de ser cortado.
Alice, por sua vez, é Fray, mocinha do filme e aparente par romântico de Max (Matt Damon) – os dois se conhecem desde criança. Em uma rápida cena, ela é mostrada trabalhando em um hospital, além de ser mãe de uma menina. “É uma jovem mulher que a vida pressionou a amadurecer muito”, comentou a atriz, ao afirmar que viver uma matriarca foi um grande desafio.
O elenco de Elysium ainda é reforçado por Jodie Foster, ganhadora de dois Oscar – Acusados (1988) e O Silêncio dos Inocentes (1991). Apesar de não contracenar com a norte-americana, Wagner citou a simpatia de Foster ao encontrá-lo por acaso no set. Alice, aliás, também não deixou de elogiar o clima de harmonia durante as filmagens.
Ficção científica, muito prazer
Tanto Wagner quanto Alice admitiram que não são grandes conhecedores do gênero ficção científica. A atriz, que já participou de várias produções hollywoodianas – entre elas as ficções Eu Sou a Lenda (2007) e Predadores (2010) – comentou que foi “uma coincidência linda” estrelar longas do gênero.
Wagner, por sua vez, citou a trilogia Matrix e o clássico Blade Runner - O Caçador de Andróides (1982). “Fiquei bem doido quando vi o primeiro (Matrix, de 1999), aquilo bagunçou minha cabeça”, divertiu-se o ator, que teve o apoio de Alice sobre os filmes referenciados.