'Big Hero 6' explora amor japonês por animações em Festival de Tóquio renovado
Os personagens de animê japoneses Hello Kitty e Doraemon exibiram seus dotes no tapete vermelho nesta quinta-feira, quando a animação da Disney “Operação Big Hero 6” deu a largada no Festival de Tóquio, de cara nova e investindo no amor dos japoneses por animações.
O 27º Festival Internacional de Cinema de Tóquio, que acontece entre 23 e 31 de outubro, terá eventos especiais paralelos à atração principal, incluindo uma “cúpula cosplay (pessoas vestidas como personagens)” e uma feira de alimentos japoneses para divulgar as indústrias cultural e de conteúdo do país.
“Operação Big Hero 6”, próxima aposta de desenho animado da Disney após o sucesso “Frozen”, do ano passado, gira em torno do elo entre Hiro Hamada, de 14 anos, e o robô inflável Baymax enquanto os dois e seus amigos lutam contra um vilão, oculto atrás de uma máscara de teatro Kabuki, que roubou a tecnologia microbótica de Hiro.
A aventura cômica em 3D, que foi exibida fora da competição, transcorre na cidade futurista de São Fransóquio, mistura de São Francisco e Tóquio, e os telespectadores japoneses irão reconhecer facilmente a influência da vida e dos cartões-postais da capital na animação.
“O filme tem uma influência japonesa muito forte, realmente é uma declaração de amor ao Japão”, afirmou Don Hall, co-diretor da produção, à Reuters no tapete vermelho nas colinas Roppongi.
“E coincidiu com o Festival de Cinema de Tóquio, que provavelmente é o lugar perfeito para estreá-lo”, disse, explicando por que o evento foi escolhido para o lançamento mundial.
“Operação Big Hero 6” é o segundo desenho animado a abrir o festival, e a primeira animação da Disney a fazê-lo. Quinze filmes estão inscritos na competição principal pelo prêmio Sakura. Cinco são estreias mundiais, como o único concorrente japonês, “Pale Moon”.
Muitos outros fazem sua estreia asiática depois de serem exibidos em Toronto e em outros festivais, inclusive o policial franco-belga “The Connection”, estrelando Jean Dujardin (“O Artista”), e o drama “1001 Grams”, aposta norueguesa na categoria de melhor filme em língua estrangeira.
James Gunn, diretor de “Guardiões da Galáxia”, preside o júri da competição.
Refletindo a ênfase nas animações e nos super-heróis, pessoas vestidas como personagens se misturaram às estrelas de cinema. “Consegui ver alguns atores em pessoa, mas também vi o Ultraman e animês como o Doraemon, já que havia muitos deles, então fiquei realmente surpresa”, disse Chinami Kaneko, de 20 anos.
(Reportagem adicional de Chris Meyers)