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Bonzinho, Tom Hanks emociona em ‘Um Lindo Dia na Vizinhança’

'Um Lindo Dia na Vizinhança' é sobre a história de um jornalista cético e sua relação com o apresentador infantil Mr Rogers

22 jan 2020 - 12h12
(atualizado às 12h21)
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A personalidade boazinha de Fred Rogers (Tom Hanks) – ou Mr Rogers – dá aula de gentileza, perdão e amor ao próximo durante 1h49 do filme Um Lindo Dia na Vizinhança, longa que estreia nesta quinta-feira (23). Essencialmente do bem, o apresentador infantil parece até a encarnação contínua de um coach “raiz”, capaz de ajudar um aprendiz ou cliente a adquirir um objetivo pessoal ou profissional graças a treinamento e orientação. 

Mas, na cinebiografia dirigida por Marielle Heller, a influência não é como uma espécie de serviço profissional. Ainda que tenha problemas comuns – pouco explorados no filme –, Mr Rogers é bom, transmite verdade a quem convive com ele e por isso é agente de transformação. E ponto final.

Para os brasileiros, o apresentador infantil não marcou gerações como aconteceu nos Estados Unidos. No entanto, a atuação de Hanks provoca uma imagem positiva sobre o ícone carismático da televisão que comandou um programa lúdico, recheado de canções autorais e fantoches engraçadinhos entre 1968 e 2001. 

Rogers dialogava com as crianças sobre temas sensíveis como morte, doenças e divórcio. E o ator dá vida ao apresentador com muita naturalidade, roubando para si o protagonismo do longa ainda que não seja o real dono do filme. Não à toa, foi indicado ao Oscar 2020 na categoria Melhor Ator Coadjuvante. 

O filme

Um Lindo Dia na Vizinhança é sobre a história de um jornalista cético – para não dizer “ranzinza”–, Lloyd Vogel (Matthew Rhys) e sua relação com Rogers. O repórter é escalado para escrever um perfil do apresentador, bate o pé por não querer o trabalho, mas acaba aceitando por pressão da chefia. O contador de histórias já vai para a pauta armado, pronto para desmascarar a bondade de mentirinha do apresentador e fazer cair por terra a tese de que o bom vizinho está próximo de uma divindade. 

No entanto, a convivência entre os dois personagens provoca mudanças graduais na personalidade de Vogel e ainda gera cenas emocionantes. Com Mr Rogers, o jornalista revisa problemas cotidianos, aprende a ceder e a perdoar e vê sua relação com a mulher Andrea (Susan Kelechi) e com o pai, Jerry (Chris Cooper) ser transformada. 

O longa explora bem o drama familiar de Vogel e põe o próprio jornalista como um personagem do programa infantil. Tinha tudo para ser confuso, mas o roteiro dá conta da proposta. Mais uma vez, o mote gentileza e bondade são teclas batidas no filme e são essas as pitadas que, muito provavelmente, garantirão ao longa um possível sucesso na Sessão da Tarde, durante as tardes da Globo. 

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Fonte: Redação Terra
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