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Filmes, glamour, negócios: cinema mundial se encontra em Cannes

14 mai 2013 - 10h49
(atualizado em 15/5/2013 às 23h22)
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<p>Pôster oficial do 66º Festival de Filmes de Cannes</p>
Pôster oficial do 66º Festival de Filmes de Cannes
Foto: Charles Platiau / Reuters

Centenas de estrelas, cineastas, produtores e jornalistas de todo o planeta preparam as malas com destino a Cannes, na Costa Azul francesa, onde começa na quarta-feira (15) a maior festa do cinema mundial, que completa 66 anos.

O júri, presidido pelo cineasta americano Steven Spielberg, que terá entre seus companheiros Nicole Kidman e o diretor Ang Lee, escolherá o vencedor entre 20 filmes na disputa pela Palma de Ouro.

Entre as estrelas aguardadas no festival estão Leonardo de Caprio, Carey Mulligan, Benicio del Toro, Ryan Gosling, Marion Cotillard, Emma Watson, Matt Damon, Michael Douglas, James Franco e Robert Redford.

Cannes também aguarda Justin Timberlake, Forest Whitaker, Berenice Bejo, Orlando Bloom, Garret Hedlund e Joaquin Phoenix, além de cineastas consagrados como Roman Polansky e os irmãos Coen.

Este ano, Cannes quebrou uma tradição e escolheu como filme de abertura um longa-metragem que já estreou nos Estados Unidos: O Grande Gatsby, do australiano Baz Luhrmann, que dividiu a crítica.

Baseado no livro clássico de Francis Scott Fitzgerald, o filme garante que a cerimônia de abertura será tão luxuosa quanto a grande produção de Hollywood, que custou mais de 100 milhões de dólares.

Esta edição oferece uma posição de destaque à cinematografia americana, não apenas na competição pela Palma de Ouro, mas também na mostra Um Certo Olhar, que terá como filme de abertura The Bling Ring, de Sofia Coppola, assim como nas mostras paralelas, como a Semana da Crítica e a Quinzena dos Realizadores.

Na disputa pela Palma de Ouro estão os irmãos Joel e Ethan Coen, com Inside Llewyn Davis, Alexander Payne, com Nebraska, James Gray com The Immigrant, e Jim Jarmush com Only lovers left alive, um filme sobre vampiros.

Também está na mostra oficial o filme Behind the Candelabra, de Steven Soderbergh, produzido pelo canal HBO porque os grandes estúdios de Hollywood consideraram a fita muito gay. O diretor venceu a Palma de Ouro em 1988 com Sexo, mentiras e videotapes.

Em outro aspecto, Cannes não quebrou a tradição: o festival continua sendo um clube masculino. O único filme dirigido por uma mulher na disputa pela Palma de Ouro é Un Chateau d'Italie, da franco-italiana Valeria Bruni-Tedeschi.

Mas, para o diretor artístico do Festival, Thierry Frémaux, "o problema da escassa presença feminina não é um problema do Festival de Cannes, e sim da indústria do cinema".

Além dos americanos, os cineastas franceses predominam nesta edição, com quatro longas na mostra oficial, incluindo La Vénus a la fourrure, do franco-polonês Roman Polansky, que ganhou a Palma de Ouro em 2002 com O Pianista, e Jimmy P, de Arnaud Desplechin, protagonizada por Benicio del Toro.

"O cinema americano e o cinema francês têm ambos uma tradição, uma força, uma economia e uma qualidade artística que explicam esta forte presença", explicou Frémaux.

"Mas isto não exclui a presença de outros países na mostra oficial", destacou Frémaux.

A América Latina terá apenas um representante na disputa principal, Heli, do mexicano Amat Escalante.

Um dos filmes mais esperados é o violento thriller Only God Forgives, do dinamarquês Nicolas Winding Refn, que repete a parceria com Ryan Gosling nesta obra filmada em Bangcoc.

O iraniano Asghar Farhadi, diretor de Separação, competirá com Le Passé (O Passado), o francês François Ozon apresentará Jeune et jolie e o japonês Hirkazu Kore-eda entra na disputa com Like Father, like son.

Cannes também é o mercado mais importante do cinema mundial, onde diretores, atores e produtores de todo o planeta buscam financiamento para seus projetos, e onde são comprados e vendidos os direitos de exibição e distribuição de filmes já produzidos ou ainda no papel.

O cinema da Índia, que completa 100 anos, terá um espaço nobre nesta edição, que também homenageará a estrela de Hollywood Kim Novak e o ator francês Alain Delon.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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