Script = https://s1.trrsf.com/update-1734029710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Autor de filmes Richthofen se afastou do caso na mídia

Raphael Montes revelou ter focado nos autos do processo e deixou o conhecimento mais midiático do caso para Ilana Casoy, também roteirista

5 dez 2020 - 20h29
(atualizado às 21h09)
Compartilhar
Exibir comentários

Um dos roteiristas dos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, ambos sobre o caso Von Richthofen, Raphael Montes revelou que preferiu se afastar da visão midiática das histórias e focou mais nos autos do processo durante a escrita dos longas para criar versões mais realistas e verossímeis com o crime que chocou o país em 2002. A justificativa apresentada pelo autor é que Ilana Casoy, já tinha essa expertise criminal. Pesquisadora que se dedica ao estudo de crimes violentos, foi ela quem reconstruiu os passos dos jovens no livro O Quinto Mandamento, publicado em 2011. 

"Eu não li nada de matéria. Eu decupei os autos dos processos e decupei os áudios do júri. O olhar que eu trazia acabava sendo para pensar em um filme com viradas, com tensão, com quebras de expectativa. Eu evitei mergulhar na personagem", contou Montes, durante painel sobre os longas na CCXP 2020, neste sábado (5). 

Os dois filmes sobre o caso da família Von Richthofen, um sobre a perspectiva de Suzane (a mandatária do crime) e o outro sobre os irmãos Cravinhos, ainda não têm data de estreia. Antes do início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a previsão de chegada às telonas era para 2 de abril.

Processo a quatro mãos

Ilana e Raphael defendem que escreveram juntos os roteiros dos longas. "Na escrita do roteiro para o cinema, eu e o Raphael tivemos um mergulho interessante. O Raphael tinha 12 anos quando  o crime aconteceu. Eu não trabalhava mais com o caso e esse encontro nos proporcionou uma visão mais distanciada, mais profissional da leitura desse processo", explicou a autora. A parceria deles já rendeu outros frutos: o livro Bom Dia Verônica, sob pseudônimo Andrea Kilmore, publicação que depois foi adaptada e virou série na Netflix

Justamente durante o desenvolvimento da escrita, perceberam que as peças do crime tinham pontos de vista diferentes. E era isso que eles queriam tratar no filme. Sim, a princípio seria apenas um longa com as divisões das histórias. "Primeiro a gente imaginou um filme só, depois a galeria veio com a ideia de a gente dividir em dois", revelou a criminóloga. "A gente pede que as pessoas tenham o cuidado de assistir os dois. Tudo é verdade, tudo é mentira", frisou Casoy. 

O grande desafio a ser cumprido na hora de separar as tramas era não repetir cenas desnecessárias. Afinal, há partes que são fundamentais para cada um dos longas e que precisariam ser espelhadas. Outras, nem tanto. "Foi necessário criar curvas dramáticas. Há cenas que são pilares para ambos. Precisávamos fazer escolhas sempre", relembrou Montes. 

A protagonista dos longas, que dará vida à vilã da vida real Suzane Von Richthofen, Carla Dias detalhou o desafio de interpretar uma criminosa tão conhecida pelo público nos cinemas. "Eu sabia que ia ser um desafio desde que eu aceitei fazer o teste. Mas sabia que teria em mãos uma personagem que ia me instigar artisticamente. A gente teve um trabalho muito delicado de envolvimento com os roteiros. Tivemos uma busca intensa de referências na literatura, com livros como o da Ilana, e também no cinema. Em primeiro lugar, eu tive que me distanciar do caso real e me isentar do meu julgamento pessoal sobre um crime tão cruel", frisou. 

Veja aqui o trailer do filme:

Ouça aqui o podcast com o autor Raphael Montes:

Ouça "'Bom Dia Verônica': criador da série dá 'spoilers' sobre sequência" no Spreaker.

Veja mais:

Bom dia, Verônica: elenco discute violência doméstica:
Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade