CCXP: Tom Welling celebra os 80 anos do Super-Homem
O Clark Kent de Smallville debateu sobre como foi gravar uma série de super-herói quando não havia muita tecnologia de efeitos especiais
Um dos super-heróis mais famosos e icônicos do mundo, o Super-Homem, faz 80 anos em 2018. Para celebrar, a Comic Con Experience (CCXP), em São Paulo (SP), trouxe o ator Tom Welling, que ficou marcado por sua interpretação de Clark Kent nos 217 episódios do seriado de televisão Smallville, entre os anos de 2001 e 2011.
Marcado pelo personagem que viveu na televisão por 10 anos, Welling disse que, antes de interpretar o Super-Homem, não o conhecia pelos gibis, mas sim pelos filmes. “Eu era familiarizado com o personagem e atuar como ele foi algo muito especial na minha vida”, afirma. O ator americano também contou que, assim como o jovem Clark Kent que interpretou em 2001, ele foi evoluindo e crescendo como pessoa até o final da série em 2011. “Ele (Clark) foi ficando mais confortável com seus poderes, e eu fui amadurecendo junto.”
O papel de Welling em Smallville não foi algo básico. O Clark Klent que ele interpretou no seriado foi um dos primeiros Super-Homens de carne e osso na televisão. Após 10 anos no papel e presenciando as mudanças tecnológicas da indústria cinematográfica, o ator acredita o papel da produção que participou abriu caminho para outras como Arrow e The Flash. “Meio que foi nossa culpa”, brincou. “As tecnologias que usamos em Smallville foram as precursoras de todas as que usam hoje.”
A produção da série de televisão, no decorrer dos 10 anos em que esteve no ar, evoluiu muito na questão técnica. Inclusive em como os superpoderes do Homem de Aço eram exibidos. “Conforme o tempo foi passando, nós atores tivemos que fazer menos ações para gerar os efeitos visuais”, diz Welling. “No começo, para gravar o poder de correr muito rápido, eu tinha que correr em uma esteira em cima de uma caminhonete. É, não era muito seguro”, brincou.
Na pele do Super-Homem por uma década, o ator americano disse que correr muito rápido ou a visão raio-x não eram os seus poderes favoritos.”Eu gostava mesmo era de fazer as cenas com a visão de calor”, afirma. “Nas cenas em que o Clark Kent voava, tinha que me pendurar, tinha muitos altos e baixos, muita movimentação, tinha gente que até desmaiava no set durante as gravações”, contou Welling.
Apesar de perceber a importância de Smallville no mundo dos super-heróis, tanto dos seriados de televisão, quanto dos universos cinematográficos que vieram depois, Welling diz que a sua versão do Super-Homem não seria bem-vinda em 2018. “O tom dos heróis hoje é bem diferente”, diz. “O Clark Kent que fiz não se encaixaria nas produções de hoje, o Homem de Aço está sério demais.”
Para Welling, o que falta para o Clark Kent e o Super-Homem atuais é mostrar um pouco mais de seu lado humano. “Nada contra os caras que fazem os filmes de hoje, mas falta um pouco a ótica emocional e pessoal do herói nessas produções.”