Cocaína vira elo de pai e filho em drama nacional da Amazon
Com estreia em 2020, história do traficante Pedro Dom será contada na série brasileira dirigida por Breno Silveira
De um lado, um jovem de classe média viciado em adrenalina, capaz de usar e traficar drogas, cometer assaltos em prédios de luxo do Rio de Janeiro e arriscar a própria vida no crime. Do outro, um policial que presenciou a chegada da cocaína na América Latina.
A droga química e a relação entre pai e filho são o principal elo dessas duas histórias que fazem parte da vida real, e serão contadas em 2020 na série “Dom”, dirigida por Breno Silveira.
O bandido Pedro Dom (1981-2005) será interpretado por Gabriel Leone, ex-mocinho de novelas da Globo como Verdades Secretas (2015) e Velho Chico (2016). O pai, Victor, ganhará corpo com Paulo Tolezani. A série é uma co-produção da Conspiração com a Amazon Prime Video, que anunciou seis produções brasileiras nesta quarta-feira (4), sendo Dom a que está na fase de gravações.
"Nós acabamos de gravar no Morro Azul e passamos por comunidades onde o Pedro Dom passou. O mais incrível é que quando eu subo e desço caracterizado as pessoas me chamam de Pedro Dom, e sempre com um sorriso no rosto", contou Leoni.
Em entrevista coletiva, o diretor Breno Silveira revelou que foi o próprio Victor quem o procurou, há 11 anos, para contar a sua versão dessa história tão presente no noticiário nacional. “Quando você pega um recorte dessa vida e traz os embates à tona, é fácil ficar no embate. Mas o que a gente sempre quis bater na tecla com a série foi sobre o amor deles dois e essa relação tão forte entre pai e filho. Eram duas histórias opostas, mas da mesma moeda”, disse.
Pedro Dom começou a usar drogas muito cedo, aos 9 anos. Aos 12, começou a roubar para financiar seu vício. A família chegou a vender um apartamento para pagar o tratamento médico e propinas à polícia. Ao longo da vida, acumulou 14 iternações em clínicas de desintoxicação. Depois de ser absolvido de um crime, em 2001, por porte ilegal de armas, o traficante foi internado em uma clínica psiquiátrica, local onde conviveu com assassinos e ladrões. No local, se “formou” no crime e constituiu uma quadrilha especializada em assaltar prédios de luxo. Aos 23 anos ele foi morto na Lagoa, zona nobre do Rio, por uma emboscada da polícia.