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Christopher Reeve é 'herói da vida real' em documentário que vai da tragédia ao ativismo

'Super/Man: A História de Christopher Reeve' traz bastidores inéditos da vida do astro de Superman após acidente que o deixou tetraplégico.

15 out 2024 - 12h30
(atualizado às 12h36)
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Christopher Reeve fotografado em cadeira de rodas após acidente
Christopher Reeve fotografado em cadeira de rodas após acidente
Foto: Herb Bitts

Uma das principais estreias no cinema desta quinta-feira (17) é uma história real que se mistura de forma tocante com a ficção. O aguardado "Super/Man: A História de Christopher Reeve" chega esta semana às telonas no Brasil, revelando que o intérprete mais memorável de Clark Kent também viveu atitudes de heroísmo sem o uniforme azul e vermelho do personagem kryptoniano. 

Aclamado pela crítica, o documentário traz uma abordagem intimista da vida do ator, antes e depois do acidente que o deixou tetraplégico em 1995. Dirigido por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui, e escrito pela dupla em parceria com Otto Burnham, o filme traz a ascensão de Reeve ao estrelato com os quatro filmes do Superman (de 1978 a 1987), as circunstâncias do acidente e sua vida de ativismo em prol de pessoas com deficiência a partir de então.

Filho de um intelectual, Christopher Reeve descobriu a paixão por atuar ainda na infância. A contragosto do pai, perseguiu a profissão e estudou na renomada escola de artes Juilliard, em Nova York. Seu grande papel que o lançou ao estrelado internacional, "Superman - O Filme" não representava exatamente o tipo de papel que ele almejava, uma vez que seu objetivo era seguira carreira em filmes de arte.

Foi justamente por isso que, embora seguisse no papel de Clark Kent nos três filmes seguintes, Reeve recusou uma série de filmes de grande orçamento para priorizar projetos independentes em que poderia interpretar personagens mais desafiadores e complexos. Em 1985, pouco antes de seu último filme como Superman, ele foi escalado para fazer um telefilme de "Anna Karenina", adaptação do romance de Liev Tolstói em que interpretou o Conde Vronsky –um personagem que exigia dele a capacidade de andar a cavalo.

Christopher Reeve em 'Superman - O Filme'
Christopher Reeve em 'Superman - O Filme'
Foto: Warner Bros/Divulgação

Foi nessa que Reeve, que era alérgico a cavalo, chegou a injetar anti-histamínicos para conseguir participar das aulas de hipismo e dedicar-se ao papel. O que era um problema acabou virando uma paixão. Reeve se encantou pelo hipismo e tornou-se um hábil competidor. Em 1989, já participava de torneios e conquistou o quarto lugar de 27 participantes em seu primeiro evento.

Como foi o acidente?

Reeve participava de uma prova de hipismo no dia 27 de maio de 1995, com seu cavalo Buck, quando o animal parou de repente no instante de um salto sobre uma cerca com pouco menos de um metro no formato de W. Com a interrupção repentina, o ator foi lançado para frente, em um tombo que aparentava ser bastante inofensivo, mas que foi mais grave do que se imaginava inicialmente: a primeira e a segunda vértebras da coluna cervical foram fraturadas, basicamente desconectando o cérebro do restante do corpo. Christopher passou sete horas em uma cirurgia delicada para tentar devolver a ele certa estabilidade.

Reeve liderou campanha pela legalização de pesquisas com células-tronco e criou a Fundação Christopher Reeve, além de ter sido co-fundador do Centro de Pesquisa Reeve-Irvine.
Reeve liderou campanha pela legalização de pesquisas com células-tronco e criou a Fundação Christopher Reeve, além de ter sido co-fundador do Centro de Pesquisa Reeve-Irvine.
Foto: Flipar

Desafiando os prognósticos, Reeve sobreviveu, mas sua vida transformou-se radicalmente: o ator ficou paralisado do pescoço para baixo, dependendo de aparelho para respirar e precisando passar por um doloroso processo de reabilitação.

Depois de ficar tetraplégico, ele se tornou um líder carismático e ativista na busca de uma cura para lesões na medula espinhal, bem como um defensor apaixonado dos direitos e cuidados das pessoas com deficiência –tudo isso enquanto continuava sua carreira no cinema na frente e atrás das câmeras e se dedicava à família.

Uma das características mais marcantes do ator, sua determinação, foi essencial para a importância que ele tem até hoje na luta por inclusão de pessoas com deficiências. Durante tratamento na Universidade de St. Louis, por exemplo, Reeve apresentou uma melhora considerável, e com os anos conseguiu recuperar parte da sensibilidade ao toque e o controle de alguns músculos. Além disso, seu status de celebridade deu a ele voz ativa na luta por reconhecimento e não-exclusão de pessoas com deficiência. Ele chegou até mesmo a travar um embate político com o governo de George W. Bush, que limitou pesquisas com células-tronco embrionárias para não desagradar o eleitorado religioso. 

Hoje, seu legado é levado adiante pelos filhos, Matthew, Alexandra e Will, que mantêm o controle de uma instituição em nome do pai voltada ao bem-estar de pessoas com paralisia. Reeve morreu em 10 de outubro de 2004, aos 52 anos, vítima de um infarto decorrente de uma infecção –seu corpo já estava bastante fragilizado devido aos inúmeros tratamentos a que se submetia. 

O documentário "Super/Man: A História de Christopher Reeve" inclui filmes caseiros íntimos jamais vistos antes e um rico material de arquivo pessoal, bem como as primeiras entrevistas filmadas, em versão estendida, dos três filhos de Reeve sobre seu pai, além de entrevistas com astros e estrelas de Hollywood, colegas e amigos de Reeve. 

Superman na vida real, Christopher Reeve ganha filme emocionante:
Fonte: Redação Entre Telas
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