Melissa Barrera, Tom Cruise e 'Pânico': o caos em Hollywood pelo conflito Israel e Palestina
Hollywood tem organizado diversas demissões e rompimentos por posicionamentos de artistas: franquia 'Pânico' foi a mais afetada até agora
Recentemente, a produtora Spyglass anunciou a demissão da atriz Melissa Barrera do próximo capítulo da saga "Pânico" após uma postagem da atriz nas redes sociais que pregava contra Israel - no mesmo dia, Susan Sarandon, que possui mais de 50 anos de carreira, foi demitida da sua agência por fazer o mesmo.
Seus casos, no entanto, estão longe de serem isolados, conforme você vê no vídeo acima.
No dia 15 de novembro, o escritório da CAA, uma das maiores agências de Hollywood, ficou em choque quando uma figura inesperada entrou pela porta: era Tom Cruise, que estava fazendo um raro comparecimento presencial para protestar contra o afastamento de Maha Dakhil, diretora da empresa que foi pressionada a encerrar seu contrato após fazer um story condenando as atitudes de Israel.
Como Tom Cruise é um cliente de extrema importância, ela foi recontratada no dia seguinte, mas não é todo mundo que tem essa sorte. Para cada ator ou atriz punidos por expressar uma opinião completamente válida e justa, há centenas de produtores, agentes e roteiristas que perdem o emprego e ninguém fica sabendo.
Recentemente, Mark Ruffalo, Javier Bardem e Penélope Cruz foram penalizados por falarem sobre os crimes de Israel, e se isso acontece com grandes artistas famosos, imagine então com quem trabalha por trás dos holofotes.
Foi o caso de Saira Rao e Regina Jackson, autoras da CAA que foram demitidas por protestarem contra Israel, e o mesmo tem acontecido mais do que nunca nesse ano de 2023, a ponto de afetar diretamente franquias que o público ama, como Pânico, que também sofreu a saída da atriz Jenna Ortega, deixando o futuro de suas produções no escuro.
Mas o mesmo rigor não parece ser aplicado a atores pró-Israel.
Noah Schnapp, por exemplo, de "Stranger Things", recentemente publicou stories dizendo que o “sionismo é sexy”, apoiando bombardeios israelenses, e nenhuma sanção foi sofrida.
É de conhecimento geral em Hollywood há muitos anos que essa é uma indústria controlada por figuras pró-Israel, sendo muitas delas sionista, e em pleno Estados Unidos, o suposto país da liberdade de expressão, isso cobra o seu preço.
Maha Dakhil, Melissa Barrera, Susan Sarandon, Saira Rao, Regina Jackson; o clima de hostilidade e sionismo que ronda Hollywood está num ponto de colapso, e isso não é um fator isolado, mas um problema que se estende para toda a América.