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Morto há 68 anos, James Dean pode estrelar novo filme – por que isso é um problema?

Antes de morrer, Robin Williams assinou termo proibindo sua imagem de ser "revivida" em IA e hologramas – e ele não está sozinho.

30 ago 2023 - 14h47
(atualizado em 1/9/2023 às 16h26)
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Holograma de Tupac Shakur no Coachella
Holograma de Tupac Shakur no Coachella
Foto: Christopher Polk/Divulgação / Tecnoblog

São tempos de fato estranhos esses que estamos vivendo. James Dean, um ícone do cinema que morreu há quase 70 anos, vai estrelar um novo filme por meio de tecnologia de Inteligência Artificial – pelo menos é o que diz a empresa WorldwideXR, que tem os direitos digitais da imagem do ator.

O mais irônico disso tudo é o anúncio acontecer em meio a uma greve de atores em Hollywood na qual uma das maiores reivindicações é a regulamentação da inteligência artificial. Isso tudo me fez lembrar de um caso envolvendo Robin Williams, falecido há quase uma década.

Antes de morrer, Robin Williams deixou uma cláusula testamentária proibindo o uso comercial de sua imagem por meio de hologramas ou IA em filmes e séries. Na época que Robin Williams assinou essa cláusula, o mundo havia acabado de presenciar o Tupac fazendo um show por holograma, e aquilo preocupou alguns artistas. Hoje, com a ascensão da Inteligência Artificial, provavelmente vai ser comum que cada vez mais e mais artistas tenham contratos do tipo.

O perigo da IA "ressuscitando" atores:

Atores vivos, como Whoopi Goldberg e Keanu Reeves, já estão tomando medidas preventivas para proteger sua imagem póstuma e já assinaram contratos parecidos. Na parte da música, a Madonna já fez a mesma coisa, e há muitos e muitos anos atrás o Prince também fez.

Será uma nova era onde novos contratos precisarão ser feitos. Como ficam por exemplo os dubladores num momento em que já existem ferramentas trabalhando a todo vapor na clonagem de voz em apenas alguns cliques? Que estúdio não vai querer economizar?

Robin Williams e Al Pacino em cena de 'Insônia'.
Robin Williams e Al Pacino em cena de 'Insônia'.
Foto: Adoro Cinema

Em uma era de avanços tecnológicos exponenciais, até que ponto é ético recriar, repaginar e comercializar a imagem e o legado de alguém? Ético eu não sei, mas lucrativo, com certeza é. Afinal, o estúdio não gasta com a mão de obra do ator, fica com uma fatia maior do bolo, e tá tudo perfeito. A questão não é apenas se podemos trazer de volta ícones como James Dean, mas sim se devemos.

A capacidade da IA de recriar não apenas imagens, mas também vozes e nuances de performance, traz à tona uma série de questionamentos. Como isso impactará os dubladores, os atores e, de fato, todas as profissões que correm o risco de serem substituídas por máquinas? O que significa para a autenticidade da performance e a conexão humana que buscamos no cinema? 

A ascensão da IA no mundo do entretenimento é inegável, mas o debate sobre sua implementação ética e respeitosa está apenas começando. E queremos saber sua opinião sobre ele!

Fonte: Ygor Palopoli
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