Damian Lewis escreve tributo emocionante para esposa Helen McCrory
O ator Damian Lewis, conhecido pelas séries "Homeland" e "Billions", publicou um tributo emocionante a sua esposa Helen McCrory, da série "Peaky Blinders", que faleceu na sexta (16/4) de câncer, aos 52 anos.
Em um artigo publicado neste domingo (18/4) no jornal britânico The Sunday Times, Lewis refletiu sobre a vida de sua "Dama Helen", definindo-a como "uma pessoa ainda mais brilhante do que ela foi como atriz" e dizendo que não sentia "nenhum medo, nenhuma amargura, nenhuma autopiedade" sobre sua morte prematura.
"Nunca conheci ninguém que espalhasse tão conscientemente a felicidade", descreveu Lewis na parte mais comovente do texto, explicando que as enfermeiras que estavam tratando seu câncer esperavam ansiosamente para vê-la "porque ela tornava seus dias melhores".
"Nunca conheci ninguém que gostasse tanto da vida. Sua capacidade de estar no presente e aproveitar o momento foi inspiradora. Ela não estava interessada em olhar para o umbigo. Nenhum verdadeiro interesse pessoal na autorreflexão. Ela acreditava em olhar para fora, não para dentro. É por isso que conseguia direcionar sua luz para os outros com tanta intensidade", disse ele.
Lewis explicou que ela era uma mulher capaz de ser "engraçada como o diabo", mas também "magnificamente zangada e gloriosamente desdenhosa".
"No final das contas, ela estava feliz", ele acrescentou. "Sempre. Algumas pessoas acreditam que a felicidade é um direito, algumas pessoas acham a felicidade difícil. É uma emoção indescritível. E Helen acreditava que você escolhe a felicidade. "
Diante da morte, Lewis disse que sua esposa McCrory demonstrou generosidade feroz, dizendo-lhe para "ter namoradas, muitas delas" depois de sua morte - mas, com um toque de humor, acrescentava: "Tente pelo menos passar pelo funeral sem beijar ninguém".
Em comentários aos dois filhos, ela disse: "Não fiquem triste, porque, embora eu esteja prestes a expirar, vivi a vida que queria".
Ele ainda admitiu: "Já estou com saudades dela. Ela brilhou mais intensamente nos últimos meses do que a estrela mais brilhante poderia brilhar".
Para Lewis, "seu maior e mais requintado ato de bravura e generosidade foi 'normalizar' sua morte".
"Ela não demonstrou medo, nem amargura, nem autocomiseração, apenas nos deu coragem para continuar e insistiu para que ninguém ficasse triste, porque ela é feliz. Fiquei pasmo com ela. Ela foi um meteoro em nossa vida", concluiu.