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Disney é responsabilizada em caso de assédio de Harvey

Justiça canadense nega pedido do estúdio para manter confidencialidade do processo, que investiga duas acusações de abuso sexual.

12 abr 2018 - 17h32
(atualizado às 17h44)
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As acusações de assédio sexual contra Harvey Weinstein atingem Hollywood de tal modo que nem mesmo a Disney sairá ilesa. Segundo o veículo The Hollywood Reporter, uma corte canadense negou o pedido do conglomerado de mídia para manter a confidencialidade do processo movido por uma atriz anônima contra o poderoso produtor. O Estúdio do Mickey atua como réu, sob acusação de negligência.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

Natural de Toronto, a atriz afirma que foi abusada por Harvey Weinstein em um quarto de hotel por duas vezes no ano de 2000. A Disney tenta suspender o processo pela alegação de que o produtor tinha "autonomia virtual" para cuidar de seus negócios e que não há base legal para ser envolvida no provável crime. Como prova, o estúdio prometeu apresentar três contratos com o réu, mas desde que os documentos fossem mantidos sob sigilo. A Corte Superior de Justiça de Ontário recusou a proposta.

"A busca pela verdade é o ofício mais nobre do homem; sua publicação é um dever", declarou a promotora Tamara Sugunasiri, acrescentando que são raras as situações em que há necessidade de proteger um interesse público importante, e que este caso não se enquadra na exceção. A Disney argumenta que esse tipo de contrato possui cláusulas de confidencialidade que impedem sua divulgação pública. Tamara Sugunasiri observa que o termo é uma imposição sobre Weinstein, e não sobre a Disney. Portanto, não há violação.

O site THR observa que a liberdade da Justiça canadense para investigar casos de assédio sexual deve gerar mais desdobramentos sobre as relações de negócios entre Weinstein e Disney, talvez até revelando o conhecimento do estúdio sobre a atuação abusiva do produtor em Hollywood.

Um exemplo disso é o fato de Barbara Schneeweiss — assistente de Harvey Weinstein envolvida no caso como ré por ter telefonado para a vítima, revelado as boas impressões do produtor atriz após assistir a um vídeo da atriz e ter marcado a fatídica reunião que culminou no assédio — ter apresentado provas documentais de que, na ocasião, não tinha relação trabalhista com o produtor, e sim com a Disney.

Esses acusados de abuso ainda têm trabalho:
AdoroCinema
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