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Entre ação e drama pessoal, 'O Voo' mostra dificuldade em largar vício

13 fev 2013 - 14h50
(atualizado às 14h50)
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<p>O pior foi ficar de cabeça para baixo, disse Denzel Washington sobre gravações</p>
O pior foi ficar de cabeça para baixo, disse Denzel Washington sobre gravações
Foto: Reprodução

Adrenalina, emoção, drama pessoal, alcoolismo, heroísmo. O enredo de O Voo, filme que estreia no Brasil nesta sexta-feira (8), pode ser visto de vários ângulos diferentes. Ao assistir ao trailer, o que mais salta aos olhos são as imagens de uma acidente aéreo, a agonia dos passageiros, o desespero. Mas, ao longo da história, a trama se volta para Whip Whitaker, personagem de Denzel Washington. Ele concorre ao Oscar de melhor ator por esta atuação. O filme ainda está indicado a melhor roteiro original

Whitaker pousa o avião diante de uma situação quase impossível e todos são unânimes ao afirmar que poucos pilotos seriam capazes de livrar os mais de 200 passageiros de um grande desastre, por isso logo vira herói nacional. Porém, as investigações começam e logo descobrem que o personagem de Washington bebeu e usou drogas antes e durante o voo. Então, o filme de ação e suspense se transforma num drama, mostrando a dificuldade de alguém largar o vício. “Ele pode continuar sendo um herói se permanecer mentindo, mas ninguém sabe o que está acontecendo, na verdade”, diz Denzel em entrevista em Los Angeles.

As gravações levaram pouco mais de 30 dias. O Voo foi todo filmado em Atlanta, por ser uma das cidades mais baratas para fazer locações, já que o estado da Georgia dá auxílio fiscal para os cineastas que rodam seus filmes no local. Considerado de baixo orçamento, US$ 31 milhões, só nos Estados Unidos já rendeu de bilheteria três vezes o valor investido.

Os desafios

“O pior foi ficar de cabeça para baixo”, diz Denzel Washington se referindo às cenas do acidente aéreo. De acordo com o diretor Robert Zemeckis, Denzel é um daqueles atores que não querem perder a emoção, por isso não apelam para dublês. “Quando eu li o roteiro eu soube que Denzel estava interessado pensei: perfeito. O Whip é um personagem complexo e para interpretá-lo tinha que ser alguém como Denzel, forte, com charme natural. Ele foi brilhante todos os dias”, comenta Zemeckis ao dizer que se surpreendia a cada cena. O cineasta já dirigiu, entre outros filmes, a trilogia De Volta Para o Futuro, Contato, Náufrago, além de levar seis estatuetas do Oscar por Forrest Gump – O Contador de Histórias.

Para fazer as cenas do acidente – as mais difíceis, segundo Zemeckis – foi montado metade de um avião em cima de uma estrutura metálica giratória: como se a aeronave tivesse sido cortada ao meio, assim foi possível filmar de fora o que se passava durante as manobras do piloto. “Mais de 50 pessoas foram colocadas de cabeça para baixo. Foi desafiador, perigoso, levou muito tempo”, diz Zemeckis que é, há quase duas décadas, também piloto de avião.

Coadjuvantes

Atuam também no filme como coadjuvantes Kelly Reilly (Sherlock Holmes), Melissa Leo (O Vencedor) e John Goodman (Argo). Kelly faz o papel de Nicole, uma viciada em drogas em recuperação, que conhece Denzel logo depois do desastre e eles começam um romance conturbado. “Trabalhar com Denzel foi fantástico e com Zemeckis ainda mais incrível, pois eu cresci vendo os filmes dele. De Volta Para o Futuro era tudo para mim, me sinto muito sortuda”, diz a inglesa.

Já Goodman interpreta Harling Mays, o melhor amigo do piloto. “Quando eu li o roteiro pela primeira vez, o achei impressionante. Não conhecia nenhuma história semelhante a esta, era diferente de tudo que já tinha lido”, comenta. “Eu acho que esse é um grande filme para se ver numa sala de cinema, pois é comum a reação da audiência e é muito bacana ter essa experiência”, completa o ator, que também é um dos coadjuvantes de Argo, filme que concorre ao Oscar, agora em fevereiro, em sete categorias, entre elas a de melhor filme e melhor roteiro adaptado.

Já Melissa Leo, que ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2011 pela atuação em O Vencedor, em O Voo é a investigadora Ellen Block. “Eu faço uma cena onde sou responsável por questionar o capitão, vivido por Denzel. O mais difícil foi me familiarizar com a linguagem técnica da aviação, sobre mecânica, que conhecia pouco, por isso tive que descobrir o real significado para poder interpretar com mais confiança. Participei apenas de um dia de filmagens e foi encantador trabalhar com a dupla Zemeckis/Washington”, diz a atriz de 52 anos, que faz questão de dizer no final da entrevista que nunca foi para o Brasil, mas “quando era jovem, tive um namorado brasileiro, que era muito querido”, completa ela cheia de sorrisos. O nome dele ela não quis revelar.

Trailer de Voo:

Fonte: Terra
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