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'Entre Irmãs': Sucesso na Netflix, série da Globo teve encontro 'assustador' para Nanda Costa

Série brasileira de proporções épicas atingiu o topo das mais vistas na gigante do streaming.

16 abr 2024 - 05h00
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Marjorie Estiano e Nanda Costa protagonizam o épico 'Entre Irmãs'
Marjorie Estiano e Nanda Costa protagonizam o épico 'Entre Irmãs'
Foto: Globo/Divulgação

A série mais assistida do momento na Netflix no Brasil não é qualquer ficção científica futurista ou drama paranormal de terror, e sim uma história completamente nacional, emocionante e de proporções épicas. Protagonizada por Marjorie Estiano e Nanda Costa, "Entre Irmãs" chegou à gigante do streaming na última semana, conquistando o topo das séries mais vistas no país para provar a força das histórias nacionais na plataforma.

Dirigida pelo saudoso Breno Silveira ("2 Filhos de Francisco", "DOM"), "Entre Irmãs" é a adaptação do livro "A Costureira e o Cangaceiro", da autora brasileira criada em Miami Frances de Pontes Peebles. Mais tarde rebatizado "Entre Irmãs", o livro publicado em 2008 acompanha as irmãs Emília (Marjorie) e Luzia (Nanda), que na pequena cidade de Taquaritinga do Norte aprendem desde cedo o ofício de costureira, na década de 1930. 

Na trama, ambientada no sertão de Pernambuco dos anos 30, a sonhadora Emília quer se mudar para a cidade grande, enquanto a impetuosa Luzia se conforma com a realidade, ao mesmo tempo em que lida com as dificuldades de ter um braço atrofiado por um acidente na infância. Criadas pela tia Sofia (Cyria Coentro), que ensinou as duas a costurar, as irmãs veem a vida mudar quando são separadas, ainda jovens: Luzia é sequestrada por um bando de cangaceiros, liderado por Carcará (Júlio Machado).

Do lançamento ao sucesso

Marjorie Estiano e Nanda Costa protagonizam o épico 'Entre Irmãs'
Marjorie Estiano e Nanda Costa protagonizam o épico 'Entre Irmãs'
Foto: Globo/Divulgação

Antes de ser uma série, "Entre Irmãs" foi um filme, lançado nos cinemas em outubro de 2017. Dois meses depois, o material foi transformado em uma minissérie de quatro capítulos, com algumas cenas extras, liberado no Globoplay e exibido na Globo. É esta a versão que fez sucesso e está agora na Netflix. 

“A série tem muitas cenas novas, especialmente das protagonistas Emília e

Luzia. Temos entre 20 e 30 minutos de material inédito, que desde o início foi pensado e reservado para a TV”, explicou a roteirista Patrícia Andrade.

“Desde o início, pelo tamanho e diversidade da história e pela quantidade de personagens, avaliamos que ‘Entre Irmãs’ deveria ser uma série também. Então eu e Patrícia trabalhamos nessa encomenda. A espinha dorsal é a mesma, mas, na TV, há pequenas cenas que explicam melhor as personagens”, complementou o diretor Breno Silveira.

Independente do formato, o elenco acredita que "Entre Irmãs" é uma história sobre o amor e a dificuldade de entendê-lo. "Elas são muito diferentes, tiveram a mesma criação", refletiu Nanda Costa, em entrevista concedida à época do lançamento. "É um filme que fala de amor. É difícil julgar o amor."

Bastidores tensos (e intensos)

Marjorie Estiano e Nanda Costa protagonizam o épico 'Entre Irmãs'
Marjorie Estiano e Nanda Costa protagonizam o épico 'Entre Irmãs'
Foto: Globo/Divulgação

O cenário para a série, é claro, é o Sertão Nordestino, e as filmagens ocorreram in loco e na ordem cronológica. Ao gshow, membros do elenco recordaram os momentos mais bonitos, divertidos ou complicados que viveram durante as gravações.

Intérprete de Carcará, Julio Machado recordou a inspiração do grupo de cangaceiros de Lampião para o seu próprio bando na série.

"Todo o tempo em que estivemos lá foi marcado por um silêncio intenso e curioso, como se pudéssemos sentir, através da imaginação, o desenrolar dos acontecimentos ali, da maneira como foram narrados. Foi uma experiência mágica, de arrepiar", comentou.

Mas Nanda se lembra de uma passagem um pouco mais... peculiar. "Estávamos num horário de descanso e fui tirar foto de uma aranha muito diferente, esquisita, que eu nunca tinha visto na vida. Eu cheguei com um celular e falaram para eu tomar cuidado, pois a aranha jogava um veneno à distância e que podia gangrenar meu braço."

Essa passou perto, hein?

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Um épico brasileiro

Morto em 2022, aos 58 anos, durante as filmagens de um longa com Fernanda Montenegro, Breno Silveira realizou o sonho de criar um épico brasileiro com "Entre Irmãs". Embora na época estivesse em busca de uma história sobre Maria Bonita, acabou se deparando com o livro de Frances, e viu nele a oportunidade de expandir a escala do cinema de sua autoria.

"Sempre tive vontade de fazer um filme que tivesse tamanho de cinema", contou. "Muitas histórias hoje a gente consegue ver aplicadas na TV, mas é tão bom ver aquela imensidão de paisagem e trama, onde a história é complexa, os personagens viram e você tem a oportunidade de sentir a fotografia."

"Sempre tive o sonho de fazer um épico, e dei muita sorte de encontrar essa história. Fiquei procurando uma história que tivesse esse laço afetivo, provocasse uma emoção contundente e falasse da importância das relações humanas."

Breno Silveira, diretor.

Fonte: Redação Entre Telas
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