Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

'Estranho Amor', com Juliana Knust, quer jogar luz sobre casos de violência contra a mulher: 'Utilidade pública'

Nova série de ficção do canal AXN acompanha policial que investiga denúncias de crime contra mulheres.

9 out 2024 - 09h24
Compartilhar
Exibir comentários
Juliana Knust vive Vânia em 'Estranho Amor
Juliana Knust vive Vânia em 'Estranho Amor
Foto: AXN/Visom Digital

Em tempos em que a frase "inspirado em crimes reais" tornou-se um grande chamariz de filmes e séries que são fenômenos de audiência na TV e no streaming, a nova atração do canal AXN busca sair do lugar-comum do gênero "true crime" com uma trama de ficção no centro. 

Em "Estranho Amor", série produzida em parceria com Visom Digital e Record, o público conhece a história de Vânia (Juliana Knust), uma delegada que assume o cargo na Delegacia de Defesa da Mulher no Rio de Janeiro e se vê na missão de "reestruturar uma instituição engessada pela burocracia, com policiais pouco interessados em solucionar os casos". Em cada episódio, ela investiga um caso diferente (estes, sim, inspirados em fatos) enquanto lida com traumas do próprio passado. 

"Como artista e ser humano, eu acredito que falar sobre qualquer tema de violência, agressão ou preconceito é de utilidade pública", pontua Juliana, em entrevista ao Terra. "O Brasil hoje é o quinto país que mais mata mulher. A gente vive essa pandemia, essa violência que acontece dentro dos lares, e eu acredito que muitas mulheres sofram em silêncio. A gente vai poder entrar na casa das pessoas e dar voz a essas mulheres. De uma certa maneira, eu acho que a gente pode fazer com que elas sejam fortes para procurar ajuda."

Inteiramente criada para a ficção, Vânia é uma personagem cujo passado também envolve violência doméstica. É este o motor que a faz perseguir a carreira no âmbito de ajudar outras mulheres, e Juliana espera que isso também sirva como um ponto de reflexão. 

"Através dos casos também é contado um pouquinho da história dela e do porquê de ela ter escolhido estar onde está. Muitas vezes a gente não consegue dar uma solução antes de um fim trágico, mas pessoas que buscam ajuda têm muitas chances de conseguir um final feliz e seus casos solucionados. A Vânia é uma ferramenta nesse sentido."

Para compreender o trabalho da polícia, a atriz conta que conversou com delegadas às quais teve acesso por meio de amigas que trabalham em delegacias da mulher. "Eu pude entender um pouquinho como era a rotina ali na delegacia, e realmente é desesperador parar para pensar e viver um dia de delegacia. São casos que muitas vezes achamos que não existem, que acreditamos serem impossíveis de acontecer." 

Em cinco episódios, alguns destes casos são desdobrados no que o elenco vê como uma forma de mostrar ao público que há solução. Mesmo assim, um dos desafios que a série apresenta é a falta de estrutura e recurso em algumas instituições públicas, o que certamente é um dificultador em muitos casos, além da própria formação intrinsecamente sexista presente nestes meios. Para Nikolas Antunes, intérprete do policial Rodrigo, essa amplitude de visões é o que enriquece a série.

"O Rodrigo é um homem machista, sensível, que tem um passado obscuro e enfrenta muitas dificuldades. Há uma trajetória de redenção que, quando eu li o texto e a sinopse do personagem, me interessou muito. É um homem que vai se reconstruir ao longo da trama, e isso me chamou muito a atenção", declara.

"Estranho Amor" é exibida inicialmente no canal AXN, com previsão de lançamento na TV aberta pela Record TV, ainda sem data confirmada. Sobre o assunto, os atores destacam a importância.

"Acho superimportante a gente colocar essa série na TV aberta, porque temos uma missão e esse é o papel da arte, a gente tocar as pessoas de determinado jeito", pontua Knust. 

A primeira temporada de "Estranho Amor" estreia no canal AXN nesta quinta-feira, 10 de outubro, às 22h55, com episódios inéditos todas as quintas. A série é de autoria de Ingrid Zavarezzi e Carlos de Andrade, com roteiro de Ingrid Zavarezzi, Inácio Ramos e Vitor de Oliveira.

Violência contra a mulher: é possível fazer uma denúncia tardia? Violência contra a mulher: é possível fazer uma denúncia tardia?

Fonte: Redação Entre Telas
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade