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"Ficava perdido assistindo", diz diretor de filme com Al Pacino

8 mar 2013 - 08h47
(atualizado às 08h56)
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<p>Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arki atuam juntos na trama</p>
Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arki atuam juntos na trama
Foto: Divulgação

Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arkin juntos. Quem conhece, pelo menos, um pouco do trabalho desses três ícones de Hollywood já imagina que não precisaria um belo enredo para valer a pena ficar em uma sala escura assistindo uma história com eles. Mas, em Amigos Inseparáveis, filme que estreia nesta sexta-feira (8) no Brasil, a trama é um quarto motivo para ir ao cinema.

Em uma conversa com jornalistas em Los Angeles, o diretor Fisher Stevens falou sobre todo o aprendizado que levou do set de gravação de Amigos Inseparáveis: “Eu fiquei em choque com Al Pacino, Alan Arkin e Christopher Walken atuando juntos. Fiquei maravilhado e não acreditava que eu estava lá. Até esquecia, em alguns momentos, que eu era o diretor, ficava perdido, assistindo aqueles caras atuarem”, diz Stevens.

Sensível e divertida, essa é uma história para rir e divagar sobre a velhice e a amizade. Este é o primeiro filme, com orçamento maior do que um milhão de dólares, que Fisher Stevens dirige. Antes disso, o também ator (O que é isso companheiro?), tinha trabalhado como diretor de curta-metragens, documentários (ganhou o Oscar nessa categoria em 2010, por The Cove) e do longa independente Foi Só um Beijo, de baixo orçamento e pouco sucesso de bilheteria.

"Vendo eles interpretarem seus papéis, eu queria também atuar. Foi muito inspirador”. Stevens já havia trabalhado com Alan Arkin em O que é isso companheiro?, em 1997, quando, inclusive, esteve no Brasil para as gravações. Desde então Arkin sempre esteve próximo e dentre os melhores, como ator, para Stevens. Walken, no início do projeto estava cotado para ser Val (papel de Al Pacino): “Mas ele me disse que queria ser Doc, e eu sei como está a energia dele nesse momento da vida, não é mais aquele louco de antigamente”, contou o diretor. “Depois de uma conversa com Al Pacino, ele leu o roteiro, disse que queria fazer o filme e o perguntei, 'qual papel você quer?' E ele respondeu, 'Val, é claro' ”, e assim ele tinha o elenco dos três Amigos Inseparáveis.

No início do filme Val sai da prisão, depois de 28 anos, e encontra Doc. Por causa de um erro de Val no passado, Doc recebe uma ordem para matá-lo, mas eles são amigos de longa data, e resolvem então aproveitar uma última noite juntos. Val quer aproveitar tudo, dos poderes do Viagra ao pecado da gula. Doc é calmo, tem um ritmo muito mais devagar, por isso a relação que o diretor fez com o atual momento que vive Christopher Walken.

Arkin aparece para presentear os expectadores com muitas risadas. “Foi uma alegria trabalhar com Arkin e Walken juntos. Quando li o roteiro, o achei muito original”, conta Al Pacino que fala também que esta foi a primeira vez que contracenou com Christopher Walken: “Quase trabalhamos juntos – 40 anos atrás – em Hamlet”, relembra. Os dois participaram do filme Contato de Risco (2003), mas não estavam juntos em nenhuma cena. Já Al Pacino e Arkin fizeram o filme O Sucesso a Qualquer Preço (1992).

A arte da interpretação e da direção

“Al Pacino e Christopher Walken (que atuam em cenas em dupla em quase todo o filme) são capazes de fazer cinco vezes a mesma cena de formas diferentes”, diz o diretor que destaca as melhores qualidades dos veteranos: “Eles ouvem e muito da atuação é ouvir. Vários atores não fazem isso hoje em dia. Estão presentes naquele momento e isso faz a grande diferença. Foi uma inspiração para mim o fato deles estarem na faixa dos 70 e em cada cena quererem dar o melhor de si. Desde a primeira leitura, que geralmente é um momento estranho entre os atores, onde se conhecem, já houve uma conexão mágica.” E aproveita para imitar a voz inconfundível de Al Pacino: “Em alguns momentos eu tinha que parar a gravação e vinha o Al: 'O que tem de errado? O que você não gostou? Ok, vamos de novo', e nós íamos no ponto, eles queriam ser dirigidos.”

Para Stevens - como ator - uma das grandes dificuldades é encontrar um bom diretor: “ O problema do cinema hoje em dia, eu acredito nisso, é que existem bons roteiros, mas os roteiristas dirigem esses filmes e eles não sabem dirigir. Muitos são bons diretores, mas outros não. Eu já li os melhores roteiros que se transformaram nos piores filmes”, completa.

Fonte: Terra
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