Após conselho do papa, Martin Scorsese vai trazer Jesus para os dias atuais; saiba detalhes
Diretor planeja novo filme sobre Jesus Cristo, desta vez, com história que se passa nos dias atuais; obra foi um pedido do papa Francisco
O novo filme de Martin Scorsese vai contar com um protagonista de renome: Jesus Cristo. De acordo com o site Los Angeles Times em matéria publicada nesta segunda, 8, o diretor dá detalhes sobre a produção, que já conta com roteiro e filmagem prevista ainda para este ano.
O projeto será baseado no livro de Shusaku Endo, A Life of Jesus (Uma Vida de Jesus). O cineasta vai assinar a produção com Kent Jones. Ainda segundo Scorsese, o filme vai se passar predominantemente nos dias atuais, mas não somente, pois seu foco é criar uma obra atemporal. De acordo com o site, o longa vai se concentrar nos "ensinamentos fundamentais de Jesus de uma forma que explora os princípios, mas não faz proselitismo".
Uma das preocupações de Scorsese é dissociar o filme de aspectos religiosos. "Quando você diz 'religião', todos ficam em pé de guerra, porque a religião falhou de muitas maneiras. Mas isso não significa necessariamente que sua motivação inicial era errada. Vamos voltar. Vamos refletir sobre isso", sugeriu.
Apelo do papa
Depois de apresentar o indicado ao Globo de Ouro Assassinos da Lua das Flores (Killing of The Flower Moon) no festival de cinema francês, o cineasta Martin Scorsese afirmou, em maio de 2023, que decidiu atender ao apelo do papa Francisco para fazer um filme sobre Jesus. "Respondi ao apelo do papa aos artistas da única maneira que sei: imaginando e escrevendo o roteiro de um filme sobre Jesus", afirmou o diretor de A Última Tentação de Cristo (1988), citado pelo Agência Ansa.
Em fevereiro de 2023, o papa Francisco disse que cinema precisa de filmes que 'suscitem espanto' e que o mundo está 'atormentado'. E comentou que os filmes são um bom caminho para a evangelização. "Gosto da obra que vocês fazem, das obras de cinema, de arte e de beleza como grande expressão de Deus. Se quisermos qualificar as grandes obras do cinema, podemos dizer que uma boa razão são os atores, mas apenas as que souberam expressar harmonia, tanto na alegria como na dor. O cinema é poesia, pois dar a vida é poético", comentou o pontífice em encontro com membros da Fondazione Ente dello Spettacolo.